O segundo semestre iniciou-se com um índice de inadimplência praticamente igual ao medido no mesmo período do ano passado. Segundo o relatório da Equifax Boa Vista, birô de crédito utilizado pelo Sindicato do Comércio Varejista de Santa Cruz do Sul e Região (Sindilojas-VRP), o percentual de julho foi de 28,6%. No mesmo período de 2023, foi de 28,2%.
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Análise de economistas aponta que recursos aportados para o socorro das famílias atingidas pelas enchentes, associados à cultura local de manutenção do crédito, podem ser os elementos que colaboram para a manutenção do índice abaixo das médias estadual e nacional.
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Para o economista-chefe da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA), Oscar Frank, em nível estadual, uma soma de fatores colaborou para a manutenção dos índices de inadimplência. Segundo ele, houve redução da entrada de informações restritivas nos cadastros estaduais. As políticas de apoio do poder público, embora insuficientes frente aos danos causados pela tragédia climática, ajudaram a antecipar pagamentos e benefícios, além de injetar novos recursos.
Repetindo o desempenho positivo do município, Santa Cruz do Sul mantém-se abaixo dos percentuais estadual, medido em julho em 31,07%, e no Brasil, 31,6%. Para o economista, a tradição de manutenção de crédito local, somada a outros fatores – como a continuidade da safra do tabaco na indústria – podem colaborar para o desempenho positivo.
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Para o presidente do Sindilojas-VRP, Mauro Spode, o percentual favorável à economia local demonstra a preocupação do consumidor com seu cadastro de crédito. “Essa avaliação demonstra que seguimos uma tendência de estabilidade na inadimplência. Mesmo com todo o efeito negativo das enchentes e os prejuízos causados às famílias, no município, pelo menos ao que se refere à inadimplência, a tragédia do clima parece ter sido superada”, avalia.
Auxílio da União
De acordo com o relatório, a maioria dos consumidores incluídos no índice de inadimplência são mulheres, na faixa dos 30 aos 34 anos, com renda média de um salário-mínimo. Quanto à projeção para o restante deste ano, o economista-chefe da CDL POA, Oscar Frank, acredita que a capacidade de recuperação da economia local, acompanhada da atenção de programas federais aos municípios e às pessoas atingidas pelas enchentes, dará o suporte necessário.
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