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PANAMÁ

Imprensa, deputados, lideranças públicas e privadas brasileiras são barradas na COP-10

Foto: Romar Beling

Deputados exibem passaporte e mostram que foram barrados na COP-10

Um sentimento de frustração e de insatisfação, e até mesmo de revolta, tomou conta de lideranças públicas brasileiras que se encontram no Panamá e que alimentavam a expectativa de obter autorização para acesso ao Centro de Convenções da Cidade do Panamá no ato de abertura da 10ª Conferência das Partes (COP-10) da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco. Após uma espera de mais de duas horas, e sob um sol escaldante, eles desistiram de seguir aguardando.

Não houve qualquer tipo de interlocução efetiva com eles, e os poucos atendentes da área de credenciamento os olhavam de forma lacônica. Em dado momento, uma funcionária recolheu os passaportes e os levou para o espaço reservado, sinalizando para uma possível solução que talvez desse ao grupo acesso ao centro de convenções. Instantes depois retornou com a negativa.

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A situação os deixou inconformados, em especial os deputados estaduais e federais que integram a comitiva. O deputado federal Heitor Schuch (PSB) manifestou sua decepção com a forma como o grupo estava sendo tratado, e enfatizou que cobraria de instâncias do governo federal em Brasília uma posição sobre como o país admitia semelhante tratamento. E o também deputado federal Marcelo Moraes igualmente teceu duras críticas à forma como se dá a condução da participação brasileira na COP, alisando as lideranças que sejam oriundas das regiões identificadas com a cadeia produtiva e industrial do tabaco.

Os deputados estaduais que integram a comitiva são Marcus Vinicius (PP), Edivilson Brum (MDB), Zé Nunes (PP) e Silvana Covatti (PP). Além deles, Rafael Pezenti (MDB) também está presente, representando o estado de Santa Catarina. Por fim, ao desistir de aguardar, os deputados posaram para uma foto diante da área de credenciamento, exibindo os passaportes brasileiros, como forma de manifestar sua contrariedade por terem sido barrados. Com eles também ficaram sem acesso ao centro de convenções os profissionais da imprensa e todos os demais integrantes da comitiva brasileira.

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“É um sentimento de frustração, impotência e até constrangimento. A COP quer falar só para ela, não aceita que os parlamentares estaduais e federais, entidades de produtores e municípios acompanhem o debate. Simplesmente fomos barrados deste evento”, criticou Heitor Schuch. “Lamentável essa postura autoritária e intransigente da Organização Mundial da Saúde, além de injusta. Afinal, como é possível discutir medidas contra o tabaco sem levar em consideração a importância social e econômica da fumicultura para milhares de famílias de agricultores?”, completou.

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