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“Impossível que seja outra pessoa”, afirma delegada responsável pela investigação

Foto: Bruno Pedry

A segunda testemunha ouvida no julgamento do Caso Francine foi a responsável pela investigação do crime. À época titular da Delegacia Especializada no Atendimento À Mulher (Deam), a delegada Lisandra de Castro de Carvalho, iniciou a fala no tribunal do júri por volta das 11 horas desta sexta-feira, 18. Ao longo de quase duas horas de depoimento, Lisandra contou detalhes da cena do crime e da investigação, que resultou na prisão de Jair Menezes Rosa, acusado de estuprar e matar a jovem Francine Ribeiro, no dia 12 de agosto de 2018, no Lago Dourado.

“Logo ao chegarmos no local do crime, percebemos ela com várias lesões na cabeça, abdômen e pescoço. Vimos que se tratava de um crime sexual pois o top que ela usava estava acima dos seios “, relembrou. Ainda de acordo com Lisandra, o relato da presença de caçadores no mato próximo ao Lago Dourado foi determinante para o andamento da investigação.

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“Um deles viu um indivíduo vestindo roupas camufladas e o chamou achando que era o companheiro de caçada, mas não era. Relatou que essa pessoa estava nervosa, com uma mochila nas costas e correndo, fugindo. Logo ele reconheceu que era o Jair, morador do Bairro Várzea. A partir daí tomamos o depoimento de Jair, que negou estar no Lago. Nesse mesmo dia o Jair foi reconhecido por esses caçadores como sendo o homem visto no Lago. Colhemos material genético do Jair e dias depois veio o laudo que apontou a presença de material genético dele no corpo da vítima, além de um pelo com perfil genético de Jair. O mesmo perfil foi encontrado na calça, na cinta que a Francine usava e na blusa. Não foram encontrados materiais genéticos de outros homens. A partir desse resultado representamos pelo mandado de prisão preventiva. Na casa dele apreendemos roupas camufladas, uma mochila preta e uma espingarda”, detalhou.

Fala em entrevista informal

Durante o depoimento, a delegada Lisandra relembrou de um depoimento informal prestado por Jair. Na ocasião, ele apresentou uma versão para o fato do material genético dele ter sido encontrado no corpo da vítima. “Disse que foi obrigado por um indivíduo armado a ir para dentro do mato e lá se masturbar na vítima. Questionado sobre as lesões, disse que foram decorrentes de chutes. No pescoço, relatou que foi uma espécie de pisada, que acabou ocasionando a quebra de um osso e a morte por asfixia”.

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Noivo e homem foragido foram descartados como possíveis suspeitos

Questionada pelo promotor Flávio de Lima Passos sobre outros nomes investigados durante os trabalhos, a delegada afirmou que, inicialmente, o noivo foi ouvido por ter sido o último a ter contato com Francine, mas apresentou um álibi. “Ele largou a Francine no Lago para fazer a caminhada e foi em um caixa eletrônico. Tivemos a confirmação por câmeras que, de fato, ele estava nesse caixa e logo o descartamos. Além disso ele teve participação importante nas buscas”, contou.

Também durante os primeiros dias da investigação outro homem suspeito foi ouvido. Ele estava foragido da justiça. “Esse indivíduo estava em Torres no dia do crime, tem foto que comprova a presença dele nessa cidade e relato de uma videochamada feita com a filha. Também cumprimos diligências na casa onde ele morava aqui em Santa Cruz e confirmados que ele não estava no município no dia da morte da Francine”, relembrou.

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Defesa questiona

Os últimos questionamentos respondidos pela delegada Lisandra de Castro de Carvalho foram feitos pelo advogado de defesa do acusado, Mateus Porto. A delegada voltou a negar qualquer possibilidade de outra pessoa ter cometido o crime. “A nossa investigação foi lisa, honesta e transparente, buscando a verdade real. A perícia técnica é inquestionável. Impossível que seja outra pessoa”.

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