A implementação da escola cívico-militar na Escola Estadual Santa Cruz, em Santa Cruz do Sul, deve ocorrer em setembro. Um encaminhamento com a indicação da instituição de ensino foi feito pela Secretaria Estadual da Educação ao Ministério da Educação (MEC). A previsão é que a homologação de todas as escolas selecionadas no País seja feita em no máximo duas semanas.
O coordenador do programa das escolas cívico-militares no Rio Grande do Sul, Marcelo Borella, explica que extraoficialmente o MEC já acatou a Escola Estadual Santa Cruz e falta agora finalizar os trâmites legais. “Após ela estar homologada, a Secretaria Estadual da Educação irá trabalhar internamente a contratação dos monitores de escola, que são brigadianos da reserva que retornam à ativa. Será um monitor para cada 70 alunos. O processo de seleção é feito pela Brigada Militar, que também será responsável pelo treinamento desses profissionais para exercerem a função”, destaca.
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A partir deste processo, haverá um período de adaptação e transição, tanto por parte dos monitores quanto do corpo escolar. “A previsão é de que no fim de agosto ou início de setembro, no máximo, a escola já comece a funcionar neste formato”, afirma Borella. Os alunos e o corpo docente receberão um uniforme padrão da escola cívico-militar. A vestimenta será custeada com recursos enviados pelo MEC.
Além da atuação de monitores militares da reserva, um oficial da reserva graduado fará a gestão escolar. O governo ainda não anunciou o valor que a escola receberá por participar do programa. Os recursos que serão enviados quando o novo formato começar a funcionar poderão ser destinados tanto para obras de infraestrutura da escola como serem empregados na aquisição de bens.
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O Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares é uma iniciativa do Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Defesa. O objetivo é apresentar um conceito de gestão nas áreas educacional, didático-pedagógica e administrativa com a participação do corpo docente da escola e apoio dos militares. A proposta é que até 2023 sejam implantadas em todo o país 216 escolas cívico-militares (54 por ano).
O Rio Grande do Sul, que hoje conta com seis instituições, passará a ter 50 no total. Atualmente são três da rede estadual, sediadas em Caxias do Sul, Alvorada e Alegrete, e duas municipais, em Bagé e Uruguaiana.
“Usamos muito como paradigma o Estado de Goiás, que implantou as primeiras escolas cívico-militares e que funcionam muito bem. Quem optou por sair dessas escolas hoje tenta voltar e não consegue. Então vemos com muito bons olhos, a avaliação é a mais produtiva possível”, acrescenta Marcelo Borella.
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Sem influência na parte pedagógica
O coordenador da 6a Coordenadoria Regional de Educação (6a CRE), Luiz Ricardo Pinho de Moura, afirma que a comunidade escolar pode ficar tranquila com relação à questão do ensino. Segundo ele, a implantação da escola cívico-militar não deverá influenciar na parte pedagógica, somente na questão de valores éticos, civis e morais.
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“A parte pedagógica, em termos de conteúdo, não muda em nada, é a mesma matriz do Rio Grande do Sul de uma escola regular. O que mais se altera são as questões relacionadas à gestão das relações. Costumo dizer que da porta da sala de aula para dentro, a autonomia é do professor e da equipe diretiva. Eles vão intervir mais no processo de regras, disciplina, boas condutas e valores éticos, civis e morais”, esclarece.
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