A Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul realizou, na noite dessa quinta-feira, 23, uma audiência pública alusiva ao Dia do Orgulho LGBTQIA+, que será celebrado na próxima terça-feira, 28. Proposto pela vereadora Nicole Weber (PTB), o encontro contou com a participação de lideranças e ativistas da causa, bem como representantes do poder público e instituições. Foram debatidas questões relativas à causa LGBTQIA+ no município, avanços e medidas que ainda precisam ser tomadas para acolher e garantir a segurança e a qualidade de vida dessa população.
Estiveram presentes, além de Nicole, os vereadores Alberto Heck (PT), Bruna Molz (Republicanos) e Henrique Hermany (Progressistas); o secretário municipal de Habitação, Desenvolvimento Social e Esporte, Everson Bello; a diretora de Desenvolvimento Social, Priscila Froemming; o presidente do Conselho Municipal da Diversidade (Comudi), Ruben Quintana; a coordenadora do Ambulatório Multiprofissional de Atenção à Saúde da População LGBTQIA (Ambitrans) da Unisc, Mariluza Bender; a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM), Iara Bonfanti; os advogados Carlos Juruena Grawunder e Gabriela Pires, da Comissão de Diversidade da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção de Santa Cruz do Sul; Janaína Freitas, do Escritório de Defesa dos Direitos da Mulher; e Valentim Ourives de Vargas, ativista da causa.
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Nicole destacou a importância da audiência e repudiou a repercussão negativa que o encontro gerou. “Não sei como isso aqui pode incomodar alguém, mas incomoda. É só a gente ver os comentários dos portais (de notícias)”, disse. Para ela, o discurso de ódio que muitas vezes é feito publicamente só mostra o quanto as discussões acerca do tema são necessárias. “Nós, enquanto legisladores, temos esse papel. Se não conseguimos eleger um LGBTQIA+, vamos pelo menos dar espaço para que suas pautas e suas vozes sejam ouvidas”, completou.
Ao justificar o convite a Iara Bonfanti e Janaína Freitas, Nicole salientou que a rede de proteção à mulher em Santa Cruz do Sul é um modelo que poderia ser usado também para criar uma rede de proteção e assistência à população LGBTQIA+.
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Na sequência, a palavra passou para o presidente do Comudi. Um dos ativistas mais antigos do município, Ruben Quintana destacou a trajetória dele, a criação e a atuação do conselho, bem como o apoio da prefeita Helena Hermany. Ele ainda criticou o fato de somente quatro dos 17 vereadores estarem presentes na audiência. “Não quero acreditar que isso seja um descaso com o movimento, até porque em algum momento eles serão lembrados e cobrados por essa ausência.”
Janaína Freitas ressaltou a importância do abrigo para mulheres em situação de violência e afirmou que há tratativas para a criação de espaço semelhante destinado à população LGBTQIA+. Até o momento, porém, nada foi formalizado. A audiência então procedeu com a abertura do microfone para manifestações de pessoas da plateia que haviam se inscrito. Houve debate sobre questões que já haviam sido levantadas e outras que surgiram a partir das sugestões dos participantes.
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