O anúncio feito pela Prefeitura de Santa Cruz do Sul na semana passada, de que uma empresa do Vale do Taquari pretende implantar um crematório no município até o fim do ano que vem, transformou-se em polêmica na Câmara. Na sessão de segunda-feira, um vereador de oposição, Elstor Desbessell (PTB), afirmou que uma empresa local, a qual também possui projeto para um crematório, foi prejudicada pelo governo.
Na última quinta-feira, a Funerária Diersmann, que tem sede em Estrela, assinou contrato de compra de um terreno na Avenida Euclydes Kliemann, onde será construído o estabelecimento – que será o primeiro do gênero na região. A compra se deu por meio de leilão e a área, de 7,2 mil metros quadrados, foi adquirida por R$ 1,8 milhão.
No último dia 21, porém, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente revogou uma licença prévia que havia concedido em março à Funerária Halmenschlager, de Santa Cruz, para instalação de um crematório junto ao Cemitério Parque Guarda de Deus. A empresa terá agora que dar início a um novo processo de licenciamento junto à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
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Ao comentar o assunto na tribuna, Desbessell disse estranhar a medida da Prefeitura, que, segundo ele, acabou por favorecer uma empresa de fora e prejudicar uma empresa local. “Só falta agora essa empresa do Vale do Taquari conseguir a licença antes da empresa de Santa Cruz. Parece que a Prefeitura impõe dificuldades às empresas locais e facilita para as de outras regiões”, criticou.
Conforme a coordenadora do Departamento de Controle e Qualidade Ambiental da Prefeitura, Daniela Silveira, a revogação aconteceu porque a Prefeitura não possui mais autorização para gerir licenciamentos de crematórios. Desde 2007, um convênio permitia ao Executivo municipal emitir essas licenças. No mês passado, porém, a Fepam decidiu monopolizar essa competência.
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