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CIÊNCIA

Impacto da uva-do-japão nas áreas florestais do Rio Pardinho é tema de estudo

Dentro da programação da IV Mostra de Extensão, Ciência e Tecnologia da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), ocorrerá no dia 27 de outubro, às 19 horas, de forma virtual, a apresentação de nove trabalhos desenvolvidos por estudantes dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu. A atividade integra a IV Mostra da Pós-Graduação Stricto Sensu, que tem como objetivo divulgar os Programas de Mestrado e Doutorado da instituição, por meio da apresentação de um trabalho indicado por cada programa.

Um dos estudos escolhidos tem como título Vulnerabilidade ecológica do ecossistema florestal da bacia hidrográfica do Rio Pardinho, RS, Brasil, associada ao risco de invasão biológica pela Hovenia dulcis Thunb, do doutorando em Tecnologia Ambiental pela Unisc, Patrik Gustavo Wiesel, com orientação do professor Eduardo Alexis Lobo Alcayaga.

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Segundo ele, a ideia da pesquisa surgiu a partir de observações diretas e de dados coletados em campo pelo grupo de pesquisa em Limnologia da Unisc, onde foi verificada a rápida expansão da espécie invasora Hovenia dulcis (nome popular: uva-do-japão), nas áreas florestais da bacia hidrográfica. 

“As espécies exóticas invasoras são uma das principais impulsionadoras de mudanças na natureza, estando relacionadas com cerca de 60% das extinções de plantas e animais a nível mundial. Essas espécies são introduzidas, principalmente, pelas atividades humanas em todas as regiões e biomas do mundo a taxas sem precedentes, representando uma grande ameaça aos ecossistemas e às contribuições da natureza para as pessoas. Desta forma, as pesquisas desempenham um papel crítico na proteção dos recursos naturais, na manutenção dos serviços ecossistêmicos, na economia e qualidade de vida”, fala.

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A pesquisa é realizada nos remanescentes florestais da Bacia Hidrográfica do Rio Pardinho, através de levantamentos de campo, objetivando identificar a composição de espécies arbóreas nativas, bem como os impactos da invasora na biodiversidade. Ainda, é utilizado um drone para a obtenção de imagens aéreas que, posteriormente, são combinadas com imagens de satélite e processadas em softwares específicos para a identificação e quantificação da invasora nos remanescentes estudados.  

“Os estudos da vulnerabilidade ecológica e do risco de invasão biológica são fundamentais para o desenvolvimento de estratégias de gestão ambiental e políticas de conservação, visando proteger os ecossistemas naturais e minimizar os impactos das plantas invasoras. No entanto, os processos de invasão biológica por plantas são problemas complexos que requerem uma abordagem integrada e colaborativa para a gestão eficaz. Os dados obtidos nas amostragens de campo e calculados através da fitossociologia demonstram os impactos da espécie, caracterizados principalmente pela diminuição da biodiversidade nas áreas invadidas. Contudo, é preciso considerar que muitas das espécies de plantas que hoje são invasoras foram trazidas para proporcionar algum benefício às pessoas. O problema é que não se teve cuidado com os efeitos que isso poderia causar, como é o caso da uva-do-japão”, complementa.

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