Imigração e sustentabilidade são destaques em exposição de trabalhos escolares

Com mais de 120 projetos expostos, os pavilhões 2 e 3 do Parque da Oktoberfest foram palco para evidenciar a imigração alemã e a sustentabilidade na manhã desse sábado, 17. Cerca de 400 alunos, de 55 instituições de ensino da rede municipal, incluindo escolas de educação infantil, conveniadas, ensino fundamental e Educação de Jovens e Adultos, exibiram criatividade e cuidado com o meio ambiente na II Mostra Integrada, realizada pela Secretaria Municipal de Educação, que teve como tema Sustentabilidade e Bicentenário da Imigração Alemã.

A programação iniciou com a solenidade de abertura, que contou com apresentações artísticas das Escolas Municipais de Ensino Fundamental Vidal de Negreiros, de Cerro Alegre Baixo; Dona Leopoldina, de Linha João Alves; e Félix Hoppe, de Linha Nova. Além da exibição das bandas e orquestras dos educandários, a dança germânica e a declamação de poesia também fizeram um espetáculo. Durante a cerimônia, o casal Fritz e Frida, e o mascote Bento, do projeto de prevenção à violência, Pacto Santa Cruz pela Paz, também subiram ao palco para animar o público presente.

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Em seu pronunciamento, o secretário de Educação, Mario Colombo Filho, saudou o público e reconheceu o empenho dos educadores. “Que este dia seja realmente de troca de conhecimento, de compartilhamento de ideias, e é uma forma também de a comunidade conhecer e ver de perto o trabalho maravilhoso que é realizado nas nossas escolas”, declarou.

O coordenador da Comissão Organizadora dos 175 anos da Imigração Alemã em Santa Cruz, e do Bicentenário no RS, Paulo Trinks, também se pronunciou. “O que estamos vendo aqui, o resultado do trabalho de professores e alunos, nos emociona. Em nome da comissão organizadora dos festejos, meu muito obrigado. Continuem assim, preservando o que fez de Santa Cruz um município como é hoje, de desenvolvimento, e que reconhece o trabalho dos nossos imigrantes”, afirmou.

Com o objetivo de aliar a imigração alemã, a sustentabilidade e o que aprenderam nas aulas de robótica, no pavilhão 2 do Parque, os estudantes da Escola Municipal José Ferrugem construíram um navio, que simula a vinda dos alemães ao Brasil. A aluna Renata da Silva, de 14 anos, do 9º ano do ensino fundamental, estava satisfeita com a oportunidade. “Toda a turma se empenhou muito e ficamos muito satisfeitos com o resultado, e é muito bom poder contar a história da imigração de maneira prática”, disse ela, que estava acompanhada dos colegas Matheus de Oliveira de Brito, de 12 anos, e Alícia da Costa, de 13.

Da Escola Dona Leopoldina, de Linha João Alves, a estudante Milena Luísa Müller, de 14 anos, levou para a exposição uma máquina de costura trazida da Alemanha, guardada pela avó, Leonita Konzen. “Meus pais sempre me falaram muito da cultura e das tradições, e agora com o que aprendi pelo projeto, posso contar para outras pessoas, e isso faz a gente entender melhor a história dos nossos antepassados”, relatou.

Já no pavilhão 3, o tema sustentabilidade foi abordado através da mostra de trabalhos criativos no reaproveitamento dos materiais recicláveis. A Escola Municipal de Educação Infantil Paraíso Infantil, do Bairro Bom Jesus, por exemplo, montou uma tenda com as produções dos pequenos. Com apenas 3 anos, Ana Clara Tavares de Oliveira estava lá com a mãe, Claudia, exibindo o que aprendeu na atividade da professora Andrielli Poletto. “Um dia ela levou para a escola alguns rolinhos de papel higiênico, e ela ficou feliz que a “profe” utilizou o material para fazer um trabalho”, contou a mãe. Os projetos apresentados durante a II Mostra Integrada foram avaliados por uma equipe de consultores, e as exposições que se destacaram receberam uma premiação.

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