Ele é santa-cruzense. Ela, carioca. Juntos, estão prontos para dar a volta ao mundo. Na próxima sexta-feira, 12, um dia após oficializarem o casamento no Civil, Gustavo Amaral, 31, e Rita de Castro, 32, darão início a um roteiro planejado com todo carinho há, pelo menos, oito meses.
O começo de tudo acontece “em casa”. Minas Gerais, Espírito Santo, Ceará, Piauí, Maranhão e Manaus serão os primeiros destinos a serem desbravados pelo casal. Antes de correr o mundo, pretendem descobrir as maravilhas situadas aqui perto. Depois, e tudo a trecho rodoviário, vem Venezuela, Equador, Nicarágua, Costa Rica, Panamá e México. Somente após a jornada pelo berço das cores de Frida Kahlo é que pegarão o primeiro voo. Destino? O Velho Mundo. A expectativa é mochilar pela Europa durante seis meses. Aí tem Ásia, Oceania e, se ainda houver fôlego, Chile, na volta. Ufa!
Inspirado pelo que move mochileiros ou qualquer pessoa que enxergue a viagem como um mergulho mais intenso e interno do que o “turismo bate-volta”, o casal pretende adicionar na bagagem da vida a troca de culturas, novas amizades e a experiência de viver o que no sofá de casa passaria bem longe. “Eu sempre tive a ideia de que ia trabalhar, me aposentar e depois curtir. Foi depois de fazer uma viagem de 20 dias com a Rita até Macho Picchu que percebi que a vida não é só guardar dinheiro e pagar boleto”, conta Amaral.
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A vontade de encarar a jornada se tornou ainda mais explícita depois que ele largou o quartel e, concursado, precisava encarar uma hora e meia de metrô até chegar ao trabalho. “Me dei conta que eu estava no automático.” E tudo o que Amaral não queria era se acomodar. Muito menos ser sucumbido pelo tique-taque do relógio.
Planejamento
Para dar forma ao itinerário, o ex-atleta do Exército, que reside desde 2011 no Rio de Janeiro, passou a buscar referências através de pesquisas na internet, a fim de tornar a viagem menos onerosa e mais rica em termos de experiência e descobertas. Foi aí que descobriu as plataformas online Couchsurfing e WorldPackers.
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No primeiro caso, trata-se de um site que faz a ponte entre viajantes que procuram hospedagem grátis e pessoas que gostariam de recebê-los. Já a segunda opção é uma espécie de troca. Os aventureiros trabalham em hostel ou albergue e, como recompensa, recebem hospedagem free. “Somos abertos a oportunidades. Além de ajudar em termos de custos, essas modalidades nos proporcionam contato mais intenso com as pessoas daquele lugar”, afirma Rita. Paradas na casa de conhecidos também estão programadas.
Nas redes sociais
Cada parada do trajeto, Rita e Amaral vão divulgar através de seu canal no Youtube e também pelo Facebook e Instagram. Jornada batizada de “Ih, Mochilei”, as redes mostrarão por meio de vídeos, fotos e relatos um pouco da experiência dos mochileiros. Quem já quiser acompanhar os preparativos ou mesmo se inspirar com as descobertas deste mundo chamado viagem basta dar aquele follow esperto. Além das publicações, o casal também organiza lives de bate-papo com os seguidores. Vale a pena.
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E a volta?
Quando se trata de uma imersão como a de Amaral e Rita, é arriscado planejar a volta. O imprevisível é o que dá graça, cor e motivo para celebrar a experiência. Não se admirem, portanto, os amigos e conhecidos do casal, se lá pelas tantas decidirem que é na Índia o local onde vão escolher para morar ou no interior da Itália a cidade em que irão montar o próprio negócio. Se tudo correr como esperado, entretanto, santa-cruzense e carioca pretendem montar um pequeno sítio tipo hostel no Rio de Janeiro. A ideia é oferecer hospedagens, espaço para camping e trabalho no formato Wordpackers para viajantes assim como eles.
Esquenta
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Entre os dias 21 de março e 26 de abril, os mochileiros estiveram em Santa Cruz do Sul para definir os últimos detalhes da viagem e despedir-se de amigos e familiares. Também pediram uma ajudinha da costureira e mãe de Amaral, Lígia Kismara, que reforçou as mochilas com adaptações a fim de que as bagagens estejam preparadas para os muitos dias de aventura. Amaral também aproveitou para buscar um item indispensável: a erva-mate. O casal também vai levar roupa contra frio extremo, peças leves para o dia-a-dia, cobertor, lençol, utensílios básicos de cozinha, kit de primeiros socorros. As mochilas receberão o símbolo de cada país que visitarem. Vai faltar espaço para adesivar tanta bandeira.
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