No almoço de lançamento do Anuário Brasileiro do Tabaco, no Quiosque, o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP/RS) deixou claro que a expectativa de preços para o arroz em 2018 não é das melhores. Para ele, que é uma das referências do segmento no Congresso Nacional, o Brasil só conseguirá fazer frente aos custos e preços do Mercosul – de onde o país importou 1,1 milhão de toneladas este ano, até novembro – se obtiver o direito de também importar insumos, inclusive genéricos, como fazem argentinos, paraguaios e uruguaios.
Custo
Hoje, o mesmo produto químico, com o mesmo princípio ativo, pode custar de 25% a 150% mais no Brasil. A reserva de mercado, os impostos e as margens de lucro das empresas instaladas no país fazem toda a diferença. A igualdade ampla e irrestrita para a compra de insumos proposta é válida para todos os agricultores, de todas as culturas e obedece os critérios de produtos registrados no Ministério da Agricultura.
Publicidade
Reintegro
Luis Carlos Heinze e a cadeia produtiva, paralelamente, defendem o estabelecimento do Reintegro, método usado nos países do Mercosul para a devolução de impostos sobre a exportação do arroz. Um estudo em andamento deve estabelecer qual seria o valor, mas a diferença nos preços entre o grão importado e o mercado interno está na faixa de US$ 1,50, ou R$ 4,80 por saca de 50 quilos – em base casca. De parte da cadeia produtiva, a ideia é perfeita para minimizar os prejuízos. Resta agora ver se o governo federal está disposto a abrir mão destes “pilas”.
Pinus
Publicidade
1. A empresa Todeschini, de Bento Gonçalves, anunciou novo investimento no extremo Sul de Cachoeira do Sul, que afetará também parte da produção silvícola de Encruzilhada do Sul. Trata-se de uma beneficiadora de madeiras que irá aproveitar perto de 12 mil hectares de pinus que já passaram do ponto de corte naquela região. Pouco mais de 8 mil hectares pertencem à empresa, que agora busca licenciamento ambiental e o restante da documentação para instalar a serraria. Este é apenas um dos três projetos industriais da Todeschini para localidade.
2. Embora o investimento seja direcionado a Cachoeira do Sul, ele repercute em toda a região no que diz respeito às compras de madeira e à energia elétrica. Depois de três anos de espera, houve um acordo com a RGE distribuidora de energia. Para colocar as máquinas em funcionamento, a Todeschini receberá excedentes de energia elétrica de linhas de distribuição da CEEE de Encruzilhada do Sul. O esgotamento da subestação de Candelária, que atende Cachoeira e região entrava outros investimentos. A boa notícia é que a RGE anunciou a ampliação da capacidade da estação de Candelária para disponibilizar mais energia aos vales do Jacuí e Botucaraí.
Torneiras fechadas
Publicidade
A ocorrência de bons índices de chuvas semanalmente está permitindo, no Rio Grande do Sul, que os produtores de milho não precisem acionar seus sistemas de irrigação, gerando economia de água e energia nas planilhas dos custos produtivos. A lavoura está praticamente toda plantada e mais de 30% já entrou em enchimento de grãos. Algumas regiões já colhem milho verde para venda direta e subsistência das propriedades. Nas áreas destinadas à produção de silagem se observa o corte das bordas das lavouras para acesso aos tratores e implementos. 20% destas áreas devem ser aproveitadas em segundo plantio do grão até meados de janeiro de 2018.
Monte Alverne e Sinimbu
O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santa Cruz do Sul, após reforma e ampliação de sua sede e loja, na rua Ramiro Barcelos, dá andamento ao seu programa de expansão. Em recente assembleia geral aprovou a instalação de loja e representação sindical em Monte Alverne, e já reforma um dos tradicionais prédios daquela comunidade. Também foi aprovada a aquisição e reforma de imóvel em Sinimbu. Em 2018 as novas lojas devem entrar em funcionamento.
Publicidade
This website uses cookies.