Tenho o costume de analisar aqui nesta coluna um jogo em seus dois tempos. No Gre-Nal de sábado não foi necessário fazer essa diferenciação. Não tenho dúvidas de que o primeiro e o segundo tempo foram iguais. De um lado, o Grêmio tentando fazer o gol. Do outro, o Internacional tentando evitar. Assim foram os 90 minutos.
Virtude
O Internacional soube reconhecer a superioridade do adversário. Não é para menos. O Grêmio tem acumulado vitórias expressivas, com goleadas que deixaram sua torcida orgulhosa. Para enfrentar um adversário com essa qualidade, Odair Hellmann armou um sistema defensivo bem elaborado. Marcar o tempo todo, evitando as principais jogadas tricolores. O empate sem gols gratificou o sistema do treinador colorado. O Grêmio dominou com posse de bola, porém o gol não saiu graças a uma grande defesa do Danilo Fernandes e uma grande situação que o André desperdiçou. O Internacional tentou encaixar contra-ataques, sem sucesso devido à falta de opções do meio-campo, que foi inexpressivo. O Inter atingiu o seu objetivo, que era não perder o jogo.
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Frustração
O favoritismo tricolor era visto por todos os lados. Mesmo que alguns não reconheçam esse sentimento, atingiu todos os gremistas. Vitória certa no Gre-Nal, assumiria a liderança e mandaria o rival para o Z-4. O empate trouxe um sentimento frustrante. O presidente Romildo Bolzan não poupou críticas à atitude defensiva colorada. Na entrevista coletiva, o técnico Renato Portaluppi definiu a postura como sendo de uma equipe da segunda divisão. Alguns jogadores também demostraram-se insatisfeitos com o resultado.
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