O último sábado, 14, foi o dia de rancho na Igreja Evangélica Pentecostal Ministério Sião, em Santa Cruz do Sul. O estoque de alimentos não perecíveis e produtos de higiene e limpeza foi reforçado com mais de 700 quilos, destinados a 60 famílias carentes de bairros da Zona Sul. O Mercado Solidário é fruto de uma grande parceria com instituições e doadores anônimos e entra para o segundo mês ajudando a resgatar a cidadania de famílias e ensinando o consumo consciente.
O Mercado Solidário faz parte do projeto Filhos de Sião, coordenado por Luander Oliveira. Segundo ele, a iniciativa nasceu a partir da Loja Solidária, criada em agosto do ano passado. No lugar de simplesmente repassar roupas doadas, as peças recebidas ficam em exposição, separadas por tamanho e até mesmo coleção. “Muitas pessoas não aproveitam as doações, às vezes por não servir direito ou até mesmo por não se sentirem bem com uma peça. Assim, com a loja, a pessoa só leva para casa aquilo que serve e fica bem”, destacou.
No fim de semana ocorreu a segunda edição da doação de alimentos no mercado e de roupas e acessórios na loja. Cada pessoa cadastrada na Ministério Sião pode levar para casa quatro peças, um acessório e um calçado. Junto com a loja, o Mercado Solidário terá o segundo atendimento à comunidade. “A ideia é fazer com que a pessoa resgate a sua dignidade, pois ela não vai simplesmente receber uma cesta básica doada. Ela pode escolher quais produtos mais necessita e levá-los para a sua casa”, explicou Oliveira.
Publicidade
LEIA MAIS: Bola de Neve Church: a curiosa igreja que quer virar uma avalanche da fé
Compras feitas com o “Solidário”
Além de ajudar a quem precisa com a doação de alimentos, o Mercado Solidário ensina a consumir de forma racional. Quem se cadastra para participar da compra mensal de mercadorias consegue adquirir produtos de forma avulsa, de acordo com a sua necessidade. “Não vai ser uma cesta básica fechada. Muitas vezes, há alimentos que não são consumidos e acabam sendo desperdiçados”, observou Luander Oliveira.
Publicidade
Cada pessoa cadastrada para o Mercado Solidário também recebe, mensalmente, um valor em crédito para fazer suas compras. Foi criada uma moeda: o Solidário. O valor do crédito varia de 20 a 35 Solidários, dependendo do número de integrantes de cada família. “A grande maioria dos produtos custa na faixa de 1 Solidário, assim é possível fazer uma boa compra com a cota mensal de crédito.”
LEIA MAIS: Igrejas começam a se adaptar após a liberação
Nas prateleiras do mercado, o óleo de soja e o arroz – cujos preços estão nas alturas nos supermercados convencionais – custam 1 Solidário cada. Além dos produtos de necessidade básica, na seção de higiene e limpeza há xampus, condicionadores, absorventes, aparelhos de barbear e toda a linha de produtos para limpeza da casa e das roupas. “Estes são itens que nem sempre fazem parte de uma cesta básica, mas representam uma despesa grande no orçamento doméstico das famílias”, observou o coordenador do projeto.
Publicidade
E vem novidades por aí. Está em desenvolvimento um sistema de controle digital para as compras. Um voluntário doou um programa de computador para permitir a criação de cartões de crédito para uso do Solidário. A ferramenta está em desenvolvimento e nos próximos meses estará disponível.
LEIA MAIS: Padre Matheus comenta declaração do papa sobre união civil entre pessoas do mesmo sexo
Como ajudar a abastecer o estoque
Pessoas físicas e empresas interessadas em doar alimentos para distribuição no Mercado Solidário podem conversar com os responsáveis pela iniciativa. O contato é com o coordenador do projeto Filhos de Sião, Luander de Oliveira, pelo telefone 99606 0477.
Publicidade
QUEM PODE SER BENEFICIADO
Para utilizar tanto o mercado quanto a loja solidária é preciso ser usuário dos programas sociais do município. “Quem está no Cadastro Único, como os beneficiários do Bolsa Família, pode participar das compras mensais no Mercado Solidário”, disse o coordenador do programa.
A inscrição pode ser feita por meio do WhatsApp 99606 0454. Além do Cadastro Único, o usuário precisa fornecer dados pessoais, como formas de contato e endereço. O Mercado Solidário não entrega rancho – a pessoa contemplada precisa ir até a sede do ministério, na Avenida Assis Brasil, 536, Centro de Santa Cruz do Sul.
Publicidade
As compras são liberadas sempre no segundo sábado do mês. Quem se cadastrar a partir de agora, poderá participar da compra de 12 de dezembro.
LEIA MAIS: Confira como está o funcionamento das maiores igrejas da região
This website uses cookies.