Um novo bloqueio no orçamento dos institutos federais do Estado causa incertezas para o Instituto Federal Sul-riograndense (IFSul) – campus de Venâncio Aires. De acordo com o diretor-geral do campus, Geovane Griesang, o corte pode gerar falta de materiais para os cursos, prejudicando aulas e também participações dos estudantes em experiências acadêmicas.
Em entrevista à Rádio Gazeta 107,9 FM na tarde dessa terça-feira, 6, Griesang explicou que o IFSul de Venâncio sofreu um bloqueio no dia 29 de novembro e na última quinta-feira, 1º, foi anunciado o desbloqueio. Contudo, em menos de 24 horas, um novo corte foi aplicado. “Estamos em uma situação bem delicada, não sabemos o que fazer. Em um momento, temos determinado valor para custear as nossas despesas; em outro, não temos mais. É uma sensação de incerteza”, disse.
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Conforme o diretor, o novo corte vai impactar pagamentos que seriam feitos neste período de final de ano, como manutenção dos veículos, compra de material e equipamento para as aulas, manutenção do campus, assistência estudantil e bolsas. Além disso, no temporal de sexta-feira, o auditório da instituição sofreu danos e agora está interditado por tempo indeterminado, para garantir a segurança dos estudantes e funcionários.
Segundo Griesang, todos os anos um determinado valor é anunciado e o IFSul se prepara para conseguir se manter com tal recurso. “No início do ano, para o campus Venâncio Aires, tínhamos R$ 1.685.000,00 para utilizar em 2022. Na metade do ano, tivemos um corte de 7,2%, aproximadamente R$ 123 mil. Somado com o atual bloqueio, passamos a R$ 225,4 mil de corte. Isso é terrível, pois organizamos as atividades contando com um determinado valor e encerramos o ano com quase 13,4% menos do que anunciado em 2021.”
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A prioridade neste momento será pagar os salários dos funcionários terceirizados que atuam na limpeza e vigilância, entre outros setores, pois são pessoas que dependem desse dinheiro para sustentar as famílias. “É uma situação bem delicada, mas vamos fazer de tudo para vencer. Nossos ambientes e nossas aulas estão sendo precarizados e vamos ter que passar por mais esse desafio”, lamentou o diretor-geral do campus de Venâncio.
Além de deixar contas de 2022 para serem pagas em 2023, Griesang ainda não sabe como será o orçamento do próximo ano. A estimativa é de que será parecido com o deste, mas com 10% de corte. “Também vamos entrar em 2023 com incertezas”, acrescentou.
* Colaborou a repórter Maria Regina Eichenberg.
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