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Idosos recebem amigos e familiares em confraternização na Asan

A tarde deste sábado, 12, foi especial para os residentes da Associação de Auxílio aos Necessitados (Asan) de Santa Cruz do Sul. Na véspera do Dia das Mães, os idosos receberam a visita de familiares e amigos e celebraram o Dia da Família. O encontro é organizado para promover o bem-estar dos idosos, estreitar laços e alegrar a rotina dos residentes. A programação da tarde contou com culto e um lanche de confraternização no refeitório. Encerrada a celebração, os visitantes puderam aproveitar o tempo para matar a saudade e colocar os assuntos em dia com os entes queridos.

Ersildo Scholosser, que no mês passado completou um ano de estadia no asilo, foi um dos residentes que mais recebeu convidados. Ao todo foram 13 pessoas, entre filhos, netos e bisnetos, que passaram a tarde fazendo companhia para o aposentado de 79 anos. No centro da roda de chimarrão, seu Ersildo tocou gaita, cantou, e se emocionou ao falar da esposa, Lucila, que também marcou presença na celebração. “Tava com muita mas muita saudade da minha ‘véia’”, contou. 

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Fotos: Lula Helfer.

Já o residente Paulo Fortes, que é autista, recebeu apenas uma visita, mas a confraternização foi toda especial. Segundo a enfermeira responsável da Asan, Aline Lobato Dicken, Paulo era o único que não esperava receber ninguém. Ele chegou ao asilo junto com a mãe, e está sozinho na casa desde que ela faleceu, há um ano. “Ele é muito inteligente e lembra muito bem de datas, então ele sabia que nessa sexta-feira fazia um ano que a mãe tinha morrido”, contou. Para que ele não passasse pelo momento sozinho, Aline foi atrás de uma ex vizinha de Fortes que aceitou o convite para comparecer ao evento.

“Eu só tinha o nome da rua, então tive que procurar de casa em casa e achei, ela topou e foi um momento muito emocionante, em que ele tirou as mãos dos ouvidos, o que é um característica do autista, se acalmou e ficou muito tocado”, comentou. A enfermeira explica que esses momentos vão muito além do encontro, e continuam repercutindo na vivência diária dos residentes. “Eles retomam o ânimo e isso ajuda muito na rotina deles aqui, porque para o corpo funcionar é importante que o psicológico esteja bem também”, destacou.

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Fotos: Lula Helfer.

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