A Polícia Civil confirmou na tarde desta segunda-feira, 31, que o cadáver encontrado na noite de domingo, 30, é da santa-cruzense Isoldi Schmachtenberg. A mulher, de 56 anos, estava desaparecida há mais de dois meses. Ela saiu da própria residência, no Bairro Aliança, por volta das 13h30 do dia 25 de março, e desde então não foi mais vista.
A informação foi confirmada por volta das 14 horas desta segunda pela delegada Lisandra de Castro de Carvalho, em coletiva de imprensa realizada na sede da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), no Centro Integrado de Segurança Pública, no Bairro Arroio Grande. Embora diversas diligências tenham sido realizadas pelos agentes e também por familiares da mulher ao longo dos dois últimos meses, até então não se sabia aonde ela poderia ter ido.
Na noite de domingo, por volta de 22h30, o cadáver foi localizado por um morador que estava passeando com os cachorros. O homem identificou as vestes descritas pelos familiares de Isoldi quando ela desapareceu – calça jeans e uma blusa vermelha. O corpo, em avançado estado de decomposição, estava em uma área de mata ao final da Rua Carlos Swarowsky, no Bairro Esmeralda.
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“Descartamos qualquer possibilidade de prática criminosa”, diz delegada
Conforme a delegada Lisandra, o corpo de Isoldi estava caído em uma valeta, sem qualquer sinal de violência. “O médico legista foi muito seguro em dizer que não houve nenhum sinal de lesão. Nós também constatamos durante o trabalho realizado que não houve lesão tanto interna como externa. Não há fratura, vestígio de entrada de projétil ou facada. Fomos eliminando as hipóteses que poderiam nos levar a uma prática criminosa que, de fato, não se confirma”, explicou Lisandra em entrevista à Gazeta. “Descartamos qualquer possibilidade de prática criminosa.”
Sobre uma possível causa que tenha levado Isoldi à morte, a delegada levou em consideração um conjunto de informações fornecidas pela própria família da vítima. Lisandra lembrou que, no dia em que Isoldi desapareceu, fazia muito calor, mas naquela madrugada choveu muito forte e no dia seguinte também. “Pensamos que ela possa ter tido algum mal súbito ou desmaio. A família relatou que, quando ela baixava a cabeça, costumava ter tonturas e desmaios. Então ela pode ter perdido os sentidos e até mesmo alguma forma de afogamento, em virtude do mau tempo, pode ter contribuído para a morte”, detalhou a delegada.
Lisandra disse ainda que a família mencionou um episódio de afogamento, na propriedade que possuem em Rio Pardo, onde Isoldi baixou a cabeça, ficou tonta e desmaiou. “Ela acabou se afogando num córrego com pouquíssima água, tiveram que reanimá-la, o que causou grande surpresa a forma como aconteceu, e à vista de todos. Infelizmente o desfecho nesse caso de agora foi trágico”, acrescentou Lisandra.
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Na tarde desta segunda-feira, a família de Isoldi agradeceu o apoio da comunidade e o trabalho realizado pelas forças policiais. “Não esperávamos esse desfecho, mas infelizmente aconteceu. Agradecemos muito a todos que ajudaram e compartilharam informações para tentarmos localizá-la. Pessoas que nem conhecíamos, de outras cidades como Rio Pardo, Venâncio Aires, nos ajudaram. Fica nosso agradecimento também à polícia por todo o trabalho que fizeram”, afirmou a cunhada da vítima, Jussara Beatriz Furtado, de 55 anos. O corpo será enterrado às 17 horas no Cemitério Municipal de Santa Cruz do Sul.
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