O HSBC foi multado em 40 milhões de francos suíços (cerca de R$ 134,5 milhões) pelas autoridades de Genebra para encerrar a investigação sobre lavagem de dinheiro na divisão suíça no banco, no caso que ficou conhecido como Swissleaks. Essa é a maior multa já imposta pelas autoridades de Genebra, segundo o promotor-chefe local, Olivier Jornot, que fez críticas à deficiência das leis do país para o sistema financeiro.
Em nota, o HSBC afirmou que o pagamento é para compensar as autoridades por falhas organizacionais do passado e que o banco não será punido criminalmente.
Ainda no texto, o banco afirma que a investigação da promotoria identificou que nem o banco e nem os seus empregados são suspeitos de cometer nenhum crime atualmente. “A promotoria de Genebra reconheceu o progresso feito pelo banco nos últimos anos, incluindo melhorias em “compliance”, processos internos e tecnologia”, disse o banco.
ENTENDA
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O braço suíço do banco HSBC ajudou clientes milionários e criminosos condenados em escândalos de corrupção e por tráfico de drogas a sonegarem impostos e a esconderem milhões de dólares em investimentos, distribuindo produtos bancários não identificados e orientando sobre como escapar das autoridades do fisco, segundo um dossiê formado por informações bancárias vazadas.
Os dados – obtidos por meio da colaboração internacional de organizações de notícias, que inclui o The Guardian – revelaram que o private bank (área de gestão de fortunas) do HSBC na Suíça:
1) rotineiramente permitia aos clientes retirarem maços de dinheiro em espécie, frequentemente em moedas estrangeiras sem uso na Suíça;
2) comercializava serviços para que clientes milionários evitassem impostos;
3) ajudava alguns clientes a dissimularem contas não declaradas (caixa 2);
4) fornecia contas bancárias para criminosos internacionais, homens de negócios corruptos e indivíduos considerados de alto risco.
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No Brasil, a Receita Federal e a Polícia Federal estão apurando operações realizadas por brasileiros em contas secretas mantidas pelo HSBC na Suíça.
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