O Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) de Venâncio Aires, vem articulando a implantação de uma UTI Pediátrica e já possui até um projeto pronto para a implantação. Conforme o diretor do HSSM, Luciano Spies, em entrevista ao Programa Radar, da Rádio Gazeta 107,9 FM, na tarde desta sexta-feira, 30, o planejamento existente foi apresentado em reunião com a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, há cerca de duas semanas.
“Nós montamos todo um estudo sobre os valores e as formas de financiamento que seriam necessárias para viabilizar a implantação. O Estado recebeu o nosso projeto, que foi visto com bons olhos”, comentou o diretor. De acordo com Spies, a partir do momento em que o município de Lajeado retomou o interesse em manter a UTI pediátrica, mas ampliando o número de leitos, um dos principais questionamentos feitos ao governo do Estado, foi se seria possível viabilizar os dois projetos. De acordo com o governo, o Rio Grande do Sul ainda teria a necessidade de 26 leitos de UTI pediátrica. “Ainda existe essa carência. Então somando as duas UTIs, com 10 leitos cada, os projetos estariam dentro do que o Estado precisa”, explicou.
Conforme o diretor, o projeto ainda está sob avaliação e por isso não há respostas concretas com relação ao retorno do Estado. “Houve apenas uma sinalização de que os valores estariam dentrod a expectativa deles, e que o número de leitos era viável e estaria dentro dos planos do Estado”, esclareceu.
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Além de uma equipe qualificada, Luciano Spies explicou que é necessário profissionais, o que não é tão fácil de achar no mercado. “O intensivista de uma UTI pediátrica, por exemplo, é um profissional carente dentro e fora do Estado. Teríamos que buscá-los em em Lajeado, Santa Cruz do Sul ou até mesmo na região metropolitana.”
Outro desafio são os custos de manutenção. “Uma UTI pode estar com 10 ou três leitos ocupados, mas os custos dos profissionais precisam ser mantidos, com pagamento integral, independente da ocupação”, disse. Segundo o diretor, foi negociado junto ao governo que a remuneração fosse parte fixa e outra variável.
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O projeto apresentado prevê o investimento de R$ 3,5 milhão entre acabamentos e aquisição de equipamentos, além de um repasse mensal para custeio dos profissionais que fica em torno de R$ 470 mil, dependendo do número de técnicos e profissionais. “Este é um repasse que o governo precisa nos garantir para que o serviço seja mantido”, ressaltou. A partir do momento em que o contrato for firmado pelo governo do Estado e houver a liberação do recurso, a expectativa é de que, em cerca de seis meses, a obra esteja concluída.
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