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Hospital São Sebastião Mártir tem déficit mensal de R$ 700 mil

A situação financeira do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), de Venâncio Aires, é preocupante. A instituição acumula uma dívida de R$ 16 milhões e enfrenta um déficit mensal na casa dos R$ 700 mil. Com isso, o valor pode saltar para R$ 25 milhões até o fim do ano, se não for encontrada uma solução. Entre os motivos apontados pela direção estão a defasagem da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) e o aumento significativo nos preços dos insumos, causado pela pandemia.

Conforme o presidente do HSSM, Juliano Angnes, a situação tende a melhorar no futuro, mas é preciso encontrar soluções urgentes para o momento atual, classificado como “muito delicado” pelo gestor. Entre as ações já iniciadas estão a contenção de despesas e o aumento das receitas para tentar equilibrar as contas, além da renegociação de financiamentos. A crise ocorre em paralelo a um crescimento significativo na demanda. Entre janeiro e abril deste ano, mais de 70 mil pacientes foram atendidos na casa de saúde, que é referência para diversos municípios.

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Diante desse contexto, a direção do hospital está buscando ajuda junto à Prefeitura de Venâncio Aires e espera auxílio também do governo federal, sobretudo com a revisão da tabela do SUS, que possui defasagem histórica. Essa é uma demanda de milhares de instituições de saúde no Brasil, cujas despesas superam as receitas. O objetivo é que a União libere cerca de R$ 13 bilhões do Fundo Nacional de Saúde para socorrer os hospitais. Se isso não acontecer, muitos deles podem fechar as portas, pois não teriam mais condições de honrar compromissos.

Para o prefeito de Venâncio Aires, o médico Jarbas da Rosa, a revisão da tabela é urgente, assim como a oferta de financiamentos com juros baixos às casas de saúde por parte do governo do Estado e da União. Sem isso, o gestor fala em “quebradeira” de hospitais em nível nacional. Uma estimativa da Federação das Santas Casas e do Sindicato dos Hospitais Privados mostra que a tabela do SUS foi reajustada em 93,77% de 1994 até 2022, enquanto a inflação acumulada foi de 636% e o salário mínimo subiu 1.597%.

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Guilherme Bica

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