Hospital Santa Cruz recebe R$ 4 milhões para construção de novo prédio

Um novo marco na trajetória de 115 anos do Hospital Santa Cruz foi anunciado nessa sexta-feira, 5. Trata-se do projeto para a construção de um prédio para o curso de Medicina da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Para a obra, foram assegurados R$ 4 milhões em emenda parlamentar destinada pelo deputado federal Heitor Schuch (PSB). O anúncio ocorreu no auditório da unidade acadêmica da casa de saúde, com a presença de representantes do HSC e da Unisc.

No final de dezembro, o Diário Oficial da União publicou a portaria quanto ao pagamento do recurso federal. Nos próximos dias, o montante deverá ser liberado para o caixa único da instituição. Em seu discurso, Schuch afirmou que já destinou R$ 14,5 milhões em emendas ao município para projetos de saúde. “É uma prioridade em termos de investimento e continuará sendo pelos próximos três anos”, frisou.

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A vice-reitora da Unisc, Andréia Rosane de Moura Valim, reforçou a necessidade da busca por recursos para aperfeiçoar o atendimento médico à população. “Não se forma médicos sem ter uma estrutura adequada. E agora, o hospital ganha uma nova capacidade de implementar as habilidade das pessoas que estamos formando”, disse.

Previsão é de que novo prédio fiquem pronto em dois anos

Planejado para ampliar os atendimentos à população – além de qualificar o curso de Medicina e a área de saúde da Unisc – o Centro de Estudos, Treinamentos e Simulação Realística contará com um investimento aproximado de R$ 15 milhões na primeira fase do projeto, de construção do prédio. A edificação, que ficará no complexo do HSC, terá 1.824 metros quadrados distribuídos em seis andares, interligando – por meio de passarelas – os centros de cirurgia e de obstetrícia às áreas de ensino e assistência, de modo a facilitar a circulação de estudantes e profissionais.

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Ela contará com salas destinadas para ensino, pesquisa, além da transmissão e práticas cirúrgicas. Uma delas é a Sala de Simulação Realística, para recriar situações cotidianas ou de emergência mais complexas e oferecer treinamento para aperfeiçoar o desempenho em casos reais, contribuindo no desenvolvimento do raciocínio clínico e na tomada de decisões rápidas.

Conforme o diretor-geral do HSC, Vilmar Thomé, a expectativa é iniciar as obras da primeira fase em dois meses, após a liberação do repasse. “Provavelmente em março já estaremos com tapumes na obra”, disse. Os trabalhos devem ser concluídos em dois anos. Enquanto isso, a instituição seguirá a busca pelos R$ 11 milhões.

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O projeto do novo prédio foi apresentado em julho ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Ele recebeu uma comitiva formada pelo presidente da Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul (Apesc) e reitor da Unisc, Rafael Frederico Henn, Vilmar Thomé, Heitor Schuch – que intermediou o encontro – e o vice-presidente da Apesc, Benício Werner. No encontro, eles trataram da busca de recursos para viabilizar a obra.

Emendas são complemento necessário

Durante o anúncio da emenda, o diretor-geral do Hospital Santa Cruz, Vilmar Thomé, destacou a importância de buscar recursos federais para investimento em obras nas instituições de saúde. Na sua visão, elas acabam sendo um complemento indispensável, usado para a aquisição de equipamentos ou obras, por exemplo. “A vida real do sistema hospitalar brasileiro é de um custeio deficitário no SUS. E as emendas são um dos elementos complementares importantes”, avaliou Thomé.

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Nesse cenário, apontou a necessidade de os municípios procurarem o parlamento. “É um processo que no Brasil já está enraizado e se tornou um procedimento padrão.” Na análise do deputado federal Heitor Schuch, os recursos dos parlamentares – na ordem de R$ 53 bilhões para 2024, o que representa, segundo ele, menos de 1% do orçamento da União – são um valor muito considerável para os municípios. Reforçou ainda que cada parlamentar precisa aplicar, obrigatoriamente, pelo menos 50% do total desses recursos em ações e serviços públicos de saúde.

Cirurgias robóticas

Após a conclusão do prédio, inicia-se a segunda fase do projeto, que consiste na estruturação de salas cirúrgicas com equipamentos de robótica. Os investimentos para essa etapa também devem chegar a R$ 15 milhões. Na visão da vice-reitora da Unisc, Andréia Valim, o projeto marca uma nova história para o curso de Medicina. “Ele vai trazer um novo formato, moderno, com novas tecnologias que chegam para a população”, ressaltou.

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