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Hospital Santa Cruz realiza hemodiálise contínua na UTI Adulto

O Hospital Santa Cruz (HSC) utilizou pela primeira vez, no mês de setembro, o método de hemodiálise contínua em um paciente da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Adulto. Segundo o médico intensivista Rafael Botelho Foernges, coordenador médico da unidade, a hemodiálise contínua era utilizada somente em hospitais dos grandes centros do País. No Rio Grande do Sul, além de Porto Alegre, raros centros possuem esse modo de terapia renal. Agora, o Hospital Santa Cruz é pioneiro na região.

O equipamento possibilita oferecer a pacientes instáveis hemodinamicamente e com falência de múltiplos órgãos tratamento da insuficiência renal aguda permitindo, assim, que o paciente tolere a terapia de substituição renal e possa responder clinicamente a todo arsenal terapêutico instituído no ambiente de terapia intensiva. Até então era utilizada a hemodiálise convencional, contra-indicada em pacientes com hipotensão severa e em uso de altas doses de medicamentos que elevam a pressão arterial nas situações críticas.

“A hemodiálise contínua é um recurso a mais no tratamento de pacientes muito graves com insuficiência renal aguda, choque séptico ou instabilidade hemodinâmica grave, que necessitam de altas doses de medicamentos vasopressores”, explica Foernges. “É o caso de pacientes cardiovasculares ou com infecções generalizadas”, exemplifica.

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O médico diz ainda que, por ser uma terapia nova, o custo é alto. “Estamos na expectativa para atingir o nível 3 de excelência para a UTI Adulto do Hospital Santa Cruz, que é o nível máximo que pode ser alcançado por uma UTI”, salienta o médico.

Atingir o nível de excelência para a UTI Adulto foi uma das metas estabelecidas no Plano de Gestão de Especialização em Medicina Intensiva, implementado na casa de saúde em 2015. Para isso o Hospital contratou novos intensivistas visando atender à demanda com mais eficiência utilizando a mesma infraestrutura, que foi remodelada e reinaugurada no início de setembro.

“Com a integração de três novos médicos intensivistas atingimos 100% de especialistas no atendimento de rotina e 50% no plantão, tornando o HSC apto a atingir o nível 3”, explica Foernges. “A implantação de serviço próprio de hemodiálise na unidade, por exemplo, deu mais agilidade e proporcionou terapias de última geração a pacientes que desenvolvem insuficiência renal aguda, patologia com prevalência de 25 a 40% em pacientes críticos”, destaca o médico intensivista.

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Conforme os nefrologistas Cynthia Caetano e Claus Dummer, responsáveis técnicos pelo Serviço de Nefrologia do Hospital Santa Cruz, a terapia que substitui a função renal no paciente crítico é de extrema importância no sucesso do tratamento. “Estudos mostram que os tratamentos com hemodiálise contínua contribuem para uma maior estabilidade do paciente, permitindo ajustes individualizados, levando em conta o perfil de cada paciente”, esclarece Cynthia.

Outro ponto importante a ser ressaltado, destacam os nefrologistas, é que a recuperação da função dos rins pode ser alcançada de forma mais rápida, evitando ou minimizando futuras complicações nestes pacientes. “Com a incorporação da hemodiálise contínua, mesmo frente às incertezas e adversidades da economia brasileira, o Hospital Santa Cruz dá um salto em qualidade na assistência nefrológica ao paciente gravemente enfermo, reforçando o seu comprometimento com o zelo pela saúde e bem estar da nossa comunidade”, avalia Dummer.

A equipe de nefrologia do Hospital Santa Cruz trabalha integrada ao setor de UTI, dando todo o suporte necessário para manter a agilidade e excelência nos tratamentos renais.

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