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OPERAÇÃO EMENDAFEST

Hospital Ana Nery suspende contratos de trabalho de dois colaboradores da instituição

Foto: Dejair Machado / Gazeta do Sul

O Hospital Ana Nery (HAN) determinou a suspensão temporária dos contratos de trabalho de dois colaboradores da instituição na manhã desta quarta-feira, 19. Conforme nota divulgada à imprensa, foi informado que se trata da continuidade das medidas adotadas pela casa de saúde diante dos fatos apurados na Operação Emendasfest, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na semana passada em Santa Cruz do Sul. A ação apura supostos desvios de emendas parlamentares que deveriam ser destinadas ao HAN. A investigação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a nota, a suspensão foi adotada como medida necessária para permitir o andamento das apurações internas e o acompanhamento da investigação em curso, no âmbito do Inquérito Policial número 4.980, conduzido pela PF.

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No texto, o hospital reafirmou seu compromisso com a transparência, a ética e a responsabilidade na gestão institucional, assegurando que todas as providências cabíveis serão tomadas para a completa elucidação dos fatos.

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Nessa terça-feira, 18, também foi exonerado o chefe de gabinete do deputado federal Afonso Motta (PDT), Lino Rogério da Silva Furtado. Ele é um dos investigados na Operação EmendaFest. Lino Furtado já estava afastado de suas funções por ordem da Justiça Federal. O assessor foi alvo de buscas em Brasília, no apartamento funcional de Motta, no qual mora. 

Leia a nota na íntegra

O Hospital Ana Nery informa que, em continuidade às medidas adotadas diante dos fatos apurados na Operação Emendasfest, e com base nos documentos analisados até o momento, determinou a suspensão temporária dos contratos de trabalho de dois colaboradores da instituição.

A suspensão foi adotada como medida necessária para permitir o andamento das apurações internas e o acompanhamento da investigação em curso, no âmbito do Inquérito Policial n.º 4.980, conduzido pela Polícia Federal.

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O Hospital Ana Nery reafirma seu compromisso com a transparência, a ética e a responsabilidade na gestão institucional, assegurando que todas as providências cabíveis serão tomadas para a completa elucidação dos fatos.

Entenda

Operação EmendaFest, desencadeada pela PF em Santa Cruz, municípios da região e em Brasília, apura possíveis irregularidades na captação de emendas parlamentares destinadas ao Hospital Ana Nery. Os crimes investigados são de desvios de recursos públicos, corrupção ativa e passiva.

Contratada há cerca de três anos pela casa de saúde, a empresa CAF Representação e Intermediação de Negócios, com sede em Estrela, de propriedade de Clíver André Fiegenbaum, era responsável pela busca de recursos. O contrato firmado com a prestadora previa que do total captado, ela receberia 6% como pagamento.

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No entanto, uma dessas intermediações teria ocorrido ainda em 2023 e também em 2024 com o gabinete do deputado federal Afonso Motta (PDT), que enviou emenda de R$ 1,07 milhão ao hospital. A verba foi repassada ao Ana Nery em três momentos: em novembro de 2023 (duas de R$ 200 mil) e uma em janeiro de 2024 (de R$ 670 mil). Os valores teriam sido aplicados na aquisição de medicamentos e equipamentos.

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Desse montante, a investigação apurou a existência de nota fiscal no valor de R$ 100,2 mil da empresa para o hospital. O esquema, até então lícito, passa a ser investigado a partir do teor de conversas extraídas do celular do dono da empresa com o secretário parlamentar do deputado, Lino Rogério da Silva Furtado. Em uma fala ele sugere envio de emendas pelo parlamentar à unidade hospitalar, mediante o pagamento de vantagem.

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Investigação

  • No despacho emitido pelo STF, também é citado que existe a demonstração de envolvimento de pessoas ligadas ao Hospital, como do superintendente Gilberto Gobbi, Celcio da Silveira Júnior, Leandro Dietrich, do setor financeiro; assim como de Carlos Danilo Wagner, da cidade de Estrela, e Agnaldo Machado Ferreira, de Lajeado, ligados à empresa. O deputado Afonso Motta não está sob investigação. Ele negou envolvimento em desvios de emendas. “Em momento algum eu apareço como investigado, mas isso não diminui nossa preocupação. A forma de proceder que sempre tivemos foi a de fazer o encaminhamento das emendas com critério, cumprindo as formalidades.” O parlamentar estava no Rio Grande do Sul quando a operação foi deflagrada e durante a tarde viajou a Brasília, onde se reuniria com o presidente da Câmara, Hugo Motta, para tratar sobre o caso.

  • Uma das conversas de 4 de março de 2024 mostra Leandro (do hospital) solicitando ao dono da empresa, Clíver, para que ele e Célcio o orientassem sobre a melhor forma de fazer o repasse de valores, já que seu salário seria menor do que o ganho real (que inclui a porcentagem das captações). A mensagem diz ainda: “ficaria igual meio suspeito viver a vida apenas com dinheiro vivo”; e que teria interesse de adquirir um terreno, mas não saberia como declarar o bem. Clíver então sugere “se Celcio estiver disposto a perder um pouco de imposto também, arrumo mais uma pra ele também”. O despacho dá conta de que o restante da conversa sugere que uma das possibilidades seria por meio de notas fiscais.

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