Os hospitais do Vale do Rio Pardo já começam a sentir os efeitos da falta de materiais básicos de proteção, como máscaras cirúrgicas, álcool em gel e líquido, aventais descartáveis e luvas de procedimento. A situação de leitos de UTI e de respiradores é mais razoável, mas ainda assim preocupa.
As informações são da coordenadora regional de Saúde, Mariluce Reis. Segundo a responsável pela 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, o que as instituições mais precisam no momento são Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). “Quanto mais a comunidade e empresas puderem ajudar, é muito bem-vindo. Esses materiais, como as máscaras, são muito utilizados e muito necessários”, disse, em entrevista à Rádio Gazeta.
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Ela pediu aos santa-cruzenses que fizeram estoques de máscaras e outros produtos em casa, fazendo com que faltassem nas farmácias, que pensem na possibilidade de doar parte dos materiais às unidades de saúde. “Quem comprou três caixas de máscaras pode avaliar se vai mesmo precisar. Quem sabe, mantém uma consigo e doa outras duas”, sugeriu.
Outro item necessário aos hospitais para tratar os casos suspeitos ou confirmados de coronavírus são os respiradores. Conforme Mariluce, há equipamentos em todos os hospitais da região, mas, em casos de grande contaminação, eles podem não ser suficientes. “Não é um quantitativo ruim, é razoável, mas precisa ser ampliado”, explicou. “Tranquila a situação não está nunca.”
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Leitos na UTI
A coordenadoria de saúde aguarda, no momento, o credenciamento do Ministério da Saúde para leitos de UTI em Venâncio Aires. No município, há quatro leitos no Hospital São Sebastião Mártir que, segundo Mariluce, apenas não estão cadastrados. Além destes, há dez leitos no Hospital Santa Cruz e dez no Ana Nery. A intenção da Prefeitura de Santa Cruz é instalar mais 20 leitos no município.
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Segundo a coordenadora, caso o paciente necessite de internação na UTI e não haja leitos na região, ele é cadastrado no sistema de regulação das unidades, sendo transferido para outras cidades ou para o Hospital de Clínicas, em Porto Alegre, que é a referência estadual.
Casos e orientações
Apesar de ainda não haver nenhuma confirmação no Vale do Rio Pardo, há casos confirmados em municípios do Vale do Taquari, o que preocupa a coordenadora. “Acredito que vá ter algum caso positivo na nossa região, mas não sabemos em que tempo, não temos como prever.” Por isso, ela acredita que as medidas tomadas pelos municípios, como construção de ambulatórios e restrições de circulação, são positivas. “Eu acredito que tudo que está sendo feito não é em vão, é em prevenção para a nossa região”, disse.
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Agradecendo o trabalho das prefeituras, ela afirma que a coordenadoria segue as ordens da Organização Mundial da Saúde (OMS) e os decretos do Governo do Rio Grande do Sul. “O maior conselho é: fique em casa. Aproveita e limpa o potinho de água das plantas enquanto está em casa. Vamos fazer a prevenção da dengue, já que precisamos ficar em casa por causa do coronavírus”, lembrou.
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