A Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Rio Grande do Sul, entidade que representa as 260 instituições hospitalares sem fins lucrativos do Estado, fez um levantamento junto à rede. O objetivo foi mapear a capacidade envolvendo recursos humanos. O resultado é classificado como preocupante.
Segundo os cerca de 70 hospitais que participaram do levantamento, 32% relatam dificuldade na contratação de médicos e enfermeiros. 68% também têm problemas para contratar técnicos para atuar nas instituições. A dificuldade de repor os profissionais que atuam na linha de frente dos hospitais não é exclusividade de determinadas regiões. Santa Cruz do Sul está entre as cidades que relataram mais problemas. Passo Fundo, Porto Alegre, Novo Hamburgo, Montenegro, Garibaldi, Cruz Alta e Ijuí também contemplam a lista.
A dificuldade para contratar colaboradores para atuar nos hospitais reflete até mesmo na manutenção dos serviços. “Atualmente temos muitos funcionários que estão afastados e a reposição de pessoal nos preocupa muito, especialmente neste momento de aumento dos casos no Estado,” segundo alertou o presidente da Federação, Luciney Bohrer.
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Desde março atuando no combate à pandemia, nos quase 10 meses de atuação na linha de frente, muitos profissionais foram e estão sendo afastados por ter contraído a doença ou por outras questões que envolvem, inclusive, a exaustão e saúde mental. A dificuldade de repor recursos humanos para os hospitais é imensa, de acordo com a federação. Sem recursos humanos, a abertura de mais leitos para atendimento da Covid-19 é considerada ineficaz.
“Estamos vivendo o pior momento da pandemia, com nossos colaboradores cansados física e mentalmente e não temos como prever quando a situação irá amenizar, por isso, é muito importante que a população faça a sua parte, cumprindo os protocolos de higienização pessoal, utilizando máscaras e evitando aglomerações”, afirma o
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Tendo em vista o quadro apresentado, com as instituições alcançando o limite de suas internações e com o quadro funcional reduzido, com dificuldades de reposição, a Federação faz um apelo à população: “Mantenha-se vigilante, sem cuidados essenciais, com foco coletivo, o sistema de saúde irá entrar em colapso. Já operamos no limite e, se não houver uma conscientização de todos o cenário ficará insustentável”, afirmou Luciney.
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