A dívida de R$ 5,9 milhões contraída pelo governo do Estado com os hospitais do Vale do Rio Pardo será paga por meio de uma linha de crédito. A partir do próximo dia 13, os hospitais Santa Cruz e Ana Nery, de Santa Cruz do Sul, e o São Sebastião Mártir, de Venâncio Aires, devem solicitar um empréstimo no Banrisul que será segurado pelo Fundo de Apoio Financeiro e de Recuperação dos Hospitais Privados e Públicos (Funafir). O Piratini assegurou que, além do montante, os juros e as despesas bancárias serão quitados até 2018.
No total, são 46 hospitais filantrópicos e santas casas com valores em haver que chegam a R$ 191 milhões. Em meados de janeiro, o governo do Estado já havia quitado parte da dívida – que era de R$ 214 milhões – com outras instituições. O montante é referente a incentivos estaduais dos meses de março, abril, maio, novembro e dezembro do ano passado, bem como o adiantado de janeiro e fevereiro de 2017.
Na região, o HSC vai receber cerca de R$ 2,6 milhões; o São Sabastião Mártir, pouco mais de R$ 2 milhões, e o Ana Nery, R$ 2,2 milhões. Segundo o diretor financeiro do hospital venâncio-airense, Eloy Kuhleis, a situação do São Sebastião Mártir está estabilizada, já que a instituição optou anteriormente por empréstimos para continuar normalmente com os serviços prestados.
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O diretor administrativo do HSC, Egardo Orlando Kuentzer, comemora o pagamento, mas frisa que o desequilíbrio financeiro continua. “Ajuda no fluxo de caixa, mas ainda continuaremos enfrentando dificuldades porque esses valores estão defasados”, ressalta. Por conta disso, os hospitais persitem na reivindicação de reajuste ao governo federal.
Rio Pardo prepara contraproposta
Com a maior dívida da região e uma das mais expressivas do Estado – passa de R$ 25 milhões, acumulada desde o governo Tarso Genro (PT) –, o Hospital Regional do Vale do Rio Pardo recebeu uma proposta diferente do secretário de Saúde, João Gabbardo dos Reis – e no primeiro momento, não foi aceita. Gabbardo garantiu o pagamento integral do débito, mas os repasses mensais, hoje em R$ 2,1 milhões, teriam que cair para R$ 1,7 milhão. “Estamos estudando uma contraproposta que não diminua os recursos”, diz o secretário de Saúde de Rio Pardo, Augusto Pellegrini.
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Intenção é continuar pagando
Os repasses do Estado aos hospitais do Vale do Rio Pardo devem, finalmente, começar a voltar ao normal. Pelo menos é o que o secretário João Gabbardo dos Reis sinalizou durante a reunião com diretores das casas de saúde em que foi definida a linha de crédito para quitar as dívidas. “Ele não deu como certo, mas garantiu que, a partir de março, o Estado quer regularizar”, frisou o diretor administrativo do HSC, Egardo Orlando Kuentzer. n
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