O horário de verão acaba à meia-noite deste sábado, 18, quando os relógios deverão ser atrasados em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. De acordo com o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Fábio Alves, a mudança tem como objetivo principal a redução no consumo de energia elétrica no horário de pico, entre 18 e 21 horas.
“O verão é o período que naturalmente demora a anoitecer, o dia é maior. Ou seja, com o horário de verão, é possível aproveitar a luz natural para gerar um melhor aproveitamento da energia”, explica. Com isso, o uso de energia gerada por termelétricas pode ser evitado, reduzindo o custo da geração de eletricidade para o país.
O governo ainda não divulgou qual foi a economia de energia com a medida neste ano, mas a previsão inicial era de que o horário de verão resultasse em uma economia de R$ 147,5 milhões, por causa da redução do uso de energia de termelétricas.
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Rio Grande do Sul
Os dados ainda precisam ser confirmados, mas, a estimativa inicial é que a economia para o Rio Grande do Sul na ponta máxima noturna do sistema chegue a 5,1% da demanda. A redução ocorre especialmente pelo desencontro, nesse período do dia, no uso das cargas industrial em relação à residencial e à iluminação pública.
A economia estimada pela Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) em termos de energia consumida deve ser de 0,7%. Levando-se em consideração que a concessionária atende 1,6 milhão de clientes em 72 municípios, o percentual deve representar o consumo de uma cidade com aproximadamente 40 mil habitantes. Para se ter uma ideia, essa é a energia necessária para abastecer um município do porte de Charqueadas, Dom Pedrito ou Torres pelo período de 126 dias, que foi o tempo que durou o horário diferenciado.
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Esses números ainda precisam ser oficializados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), responsável pelo controle. Na temporada passada, entre o fim de 2015 e o início de 2016, a adoção do horário de verão reduziu a demanda por eletricidade no País em 2,6 mil megawatts (MW), ou 4,5% do consumo médio.
Como surgiu o horário de verão?
No Brasil, o primeiro horário de verão foi realizado entre 1931 e 1932, no primeiro governo de Getúlio Vargas, com duração de 5 meses. A prática vem sendo adotada sem interrupções desde 1985, com algumas diferenças nos estados que aderem à mudança e os períodos de duração.
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A medida só é aplicada nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, porque nesses estados o consumo de energia é maior e é onde os melhores resultados são alcançados. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a aplicação no Norte e no Nordeste teria poucos benefícios em termos de economia de energia, por causa da proximidade da Linha do Equador, o que faz com que a duração dos dias nessas regiões não tenha mudanças significativas ao longo do ano.
Em 2008, o decreto 6.558 definiu as datas para a mudança de horário e fixou a duração da medida em quatro meses. Assim, ficou estabelecido que o horário de verão começa no terceiro domingo de outubro e termina no terceiro domingo de fevereiro. A única exceção ocorre quando o terceiro domingo de fevereiro coincidir com o domingo de Carnaval. Nesse caso, o horário de verão termina no quarto domingo de fevereiro.
A ideia de adiantar a hora oficial em períodos de verão foi lançada em 1784 por Benjamim Franklin, político e inventor americano. O primeiro país a adotar oficialmente o horário de verão foi a Alemanha, em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, para economizar os gastos com carvão.
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