Quando os ponteiros dos relógios marcarem meia noite deste domingo, 4, eles deverão ser adiantados em uma hora, com o início do Horário de Verão. A medida, que atinge moradores dos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, mais o Distrito Federal, ocorrerá mais tarde do que o habitual, a pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para não atrapalhar o segundo turno das eleições para presidente e governador.
Desejada por muitos, em especial pela população mais jovem, o Horário de Verão é adotado no Brasil desde 1931, mas nunca foi unanimidade. Contudo, nos últimos anos, passou a ganhar ainda mais críticos, o que fez até um grupo de deputados federais propor a extinção do mesmo. A principal justificativa é de que a redução no consumo de energia elétrica nos horários de pico – justamente o que visa o Horário de Verão – não atinge a maior parte da população.
O fato é que, gostando ou não, o Horário de Verão muda a rotina de boa parte dos trabalhadores brasileiros. A hora de diferença causa efeitos no organismo das pessoas, já que afeta o relógio biológico. Especialistas afirmam que, para se acostumar com a mudança, a preparação deve iniciar com alguns dias de antecedência. A falta de sono também é uma preocupação grande no período, o que causa prejuízos nos estudos, no trabalho e no convívio social.
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Presidente chegou a adiar ainda mais o início, mas voltou atrás
O início do Horário de Verão em 2018 poderia ser ainda mais tardio. Isso porque o governo federal chegou a anunciar que a medida seria adotada somente no próximo dia 18, para não prejudicar a realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que ocorrem nos dias 4 e 11. Mas o presidente Michel Temer voltou atrás na decisão e manteve o início para o primeiro domingo de novembro. O encerramento será no dia 16 de fevereiro, totalizando 105 dias.
O que pensa a população sobre o Horário de Verão
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Para verificar a satisfação (ou não) da população com o Horário de Verão, a reportagem da Gazeta da Serra foi às ruas no Centro de Sobradinho e ouviu a opinião de diferentes pessoas sobre a medida que é adotada há 88 anos no país. E as reclamações são muitas. Evanilda Rubert, 72, não verifica, dentro de casa, a redução no consumo de energia. “Ao contrário do que dizem, gasta-se mais energia elétrica”, lamenta.
As queixas por conta do Horário de Verão surgem por diversos motivos, mas os principais se referem ao trabalho no interior. “O céu demora a escurecer e nós temos que acordar mais cedo. Já trabalhei na lavoura e sei que isso é ruim para os agricultores”, comenta Jordana Borges de Macedo, 21 anos.
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Leandro Severo, morador de Passa Sete, analisa os dois lados da moeda do Horário de Verão. “Por um lado, mão gosto porque a noite é curta, mas por outro, é bom porque temos mais tempo de fazer as coisas”, diz o jovem de 24 anos. Já a jovem Eduarda Bernardi, 20 anos, disse gostar do horário. “Tenho mais tempo para fazer as coisas após o trabalho”, justifica.
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Alfredo Santos Rodrigues, 54, Ari Cassanego, 70, e Evaldo Luis Francisco, 61, também fazem críticas ao horário. “A gente dorme mais tarde e acorda cedo”, disse Alfredo.
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