Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

RICARDO DÜREN

Hora de montar a árvore

Nessa semana, as gurias lá de casa incumbiram-se da complexa missão de montar a árvore de Natal. Há dias que vinham queixando-se pelo nosso atraso em preparar o pinheiro, sob argumento de que todo mundo já o tinha feito, menos nós, lá em casa.
– A vizinhança toda já está com seus pinheiros montados – ralhou a Yasmin. – Só nós que não.
– E como vocês sabem disso? – perguntei. – Acaso andam xeretando dentro da casa dos vizinhos?
– Não, não – respondeu a caçula, Ágatha. – É só olhar pelas janelas para ver que todos estão com suas árvores de Natal prontas. Só nós que não.

Então, despencamos os apetrechos natalinos de cima dos armários e deixamos as gurias à vontade para a montagem. Contudo, estranhamente, não encontramos os piscas. A cada mês de dezembro, os piscas provocam uma epopeia lá em casa. Por mais que tenham sido guardados com cuidado no ano anterior, quando os pegamos novamente já estão com problemas – lâmpadas queimadas e fios enrolados, quebrados ou com nós. É um mistério o que acontece com os piscas ao longo do ano.

Desta vez, simplesmente sumiram. Ninguém lembra onde foram guardados – afinal, um ano é muito tempo para lembrar de detalhes como esse. E, diante das atribulações típicas de dezembro, concluímos que seria mais prático comprar novos, ao invés de revirar a casa em busca dos antigos. Até porque, uma vez encontrados – se encontrados –, certamente exigiriam uma complexa operação de troca de lâmpadas e desembaraço de fios.

Publicidade

l l l

Já os enfeites de Natal foram logo encontrados, pois haviam sido, providencialmente, armazenados junto com a árvore. E, ao cabo de uma hora, as gurias já tinham o pinheirinho montado e abarrotado com topes, pinhas, fitas e bolas multicoloridas. Mas ainda não era suficiente.

Então, as marotas apanharam bonecas e ursos de pelúcia, os equiparam com touquinhas de Papai Noel e os dispuseram sentados sobre os galhos e aos pés do pinheiro. Reparei que até dois ou três chaveiros também foram pendurados nos ramos da árvore.
– Não acham que há coisas demais? – minha esposa quis saber.
– Ainda é pouco – respondeu-lhe a caçula. – O que o Papai Noel vai pensar, se chegar aqui em casa e ver um pinheiro tão magrinho?
Então, apanhou um pequeno jacaré de pelúcia e colocou-o, também, entre os galhos. E só então deu-se por satisfeita.
– Agora está bom.
Não entendi a relação entre o jacaré e o Natal. Mas achei prudente não perguntar.

Publicidade

l l l

Uma vez montado o pinheiro, torna-se necessário, lá em casa, impor severa vigilância sobre o Hércules, nosso boxer. Ocorre que ele tem o hábito deselegante de usar a sala de visitas como atalho entre o quintal e a parte da frente do pátio, considera esse caminho bem mais prático em relação a dar a volta pela casa.

Contudo, é um cachorro muito estabanado. Houve um ano em que, durante sua travessia furtiva, roçou na árvore de Natal e quase colocou tudo abaixo. Desta vez, se tal acidente ocorrer com o pinheiro, tão adornado como está, será trágico.

Publicidade

l l l

Claro que não parou por aí. As gurias seguem planejando uma série de adereços e adornos, a serem dispostos pela casa até o dia 24 – operação que tende a se intensificar ao final das aulas e do período de provas finais. Ou seja, teremos mais surpresas pela frente.

l l l

Publicidade

Hora do merchandising.
Pessoal, sabe-se que meu último livro, O homem da sepultura com capacete – uma história inspirada em fatos reais, lançado no fim do ano passado pela Editora Gazeta com apoio cultural da JTI, rapidamente esgotou. Mas há uma edição especial, impressa sob demanda, à venda no site das Lojas Americanas e parcelável em até 12 vezes.

Para comprar o livro, basta acessar www.americanas.com.br e digitar Ricardo Düren na busca. Mas atenção: não se pode esquecer de colocar o trema no “ü”, do contrário, o site confunde Düren com Durex e oferece toda sorte de fitas adesivas (esse lance de trema volta e meia causa-me transtornos). Ali também pode ser conferida a sinopse do enredo, inspirado na história real do austríaco Carl Schreiner, ex-combatente que sobreviveu à Primeira Guerra para morrer em Sinimbu, vítima de uma paixão proibida. Fica a dica.

LEIA TODAS AS COLUNAS DE RICARDO DÜREN

Publicidade

Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.