Conhecidos pontos de prostituição, algumas casas que ficam nas imediações da RSC-287, na entrada para a localidade de Linha Boa Vista, em Candelária, foram cenário para um homicídio ao final da noite de domingo, 15. Fabiano da Silva Morineli, o Maninho, de 29 anos, foi morto com um tiro nesse local por volta das 22h30. O sepultamento dele ocorre nesta terça-feira, 17, às 9 horas, no Cemitério Municipal do Bairro Marilene. O caso está sob investigação da Polícia Civil.
Informações apuradas pela Brigada Militar ainda no local do crime indicam que teria ocorrido uma briga entre quatro clientes de uma casa de prostituição, até que um sacou uma arma de fogo e efetuou o disparo que vitimou Maninho. Outros detalhes ainda carecem de apuração por parte dos investigadores. O que se sabe é que o ponto, além de funcionar como local de prostituição, também é conflagrado pelo tráfico e já foi alvo de ações das forças de segurança anteriormente.
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Na crônica policial, no entanto, o ponto é lembrado por uma ação preventiva da polícia. Há quatro anos, agentes evitaram que esse local fosse cenário de um dos crimes mais violentos já cometidos no Vale do Rio Pardo. Em 28 de junho de 2020, a delegacia de Vera Cruz frustrou os objetivos de um grupo criminoso liderado por um dos principais líderes do crime organizado na região e evitou um banho de sangue com potencial para desencadear uma guerra entre facções.
Nesse episódio, os agentes precisaram agir com rapidez para evitar uma chacina, em um momento em que as desavenças entre as facções de traficantes Os Manos e Bala da Cara vinham se acentuando. O caso ocorreu em junho de 2020 e foi mantido em sigilo pela polícia ao longo da investigação que culminou na megaoperação Armageddon, deflagrada em 11 de fevereiro de 2022.
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Ele revela que planeja uma chacina em boates de prostituição de Candelária, motivado pelas desavenças com o rival, líder dos Bala na Cara. Uma mulher estaria em um dos locais na hora do atentado, bancando a espiã. Naquela época, a DP de Vera Cruz já estava investigando as ações de um líder da facção Os Manos e apurou, mediante interceptações, que o crime poderia acontecer a qualquer momento.
Ciente de que uma dupla de matadores estava em Santa Cruz do Sul, aguardando por ordens do líder, quatro agentes da Polícia Civil de Vera Cruz se reuniram em um domingo, 28 de junho, data que supostamente estava marcada para acontecer a chacina nas casas de prostituição de Candelária. Com informações sobre o carro que a dupla e outros dois comandados do líder estavam, os policiais iniciaram uma busca por vias de bairros conflagrados pelo tráfico em Santa Cruz e Vera Cruz.
VÍDEO: Como a polícia evitou uma chacina na região
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Por fim, localizaram o veículo e prenderam os quatro criminosos, evitando o deslocamento deles até Candelária. Embora no caso deste domingo a polícia não tenha conseguido evitar que um homicídio ocorresse, informações apuradas ontem indicam que não existe envolvimento do crime organizado no caso. “Pelo que colhemos de depoimento das testemunhas até o momento e pelo histórico da vítima, acreditamos que foi uma briga pontual, sem relação com o tráfico”, comentou o delegado Tiago Bittencourt, que preferiu não revelar quais os crimes que Maninho tem em sua ficha de antecedentes.
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