A Polícia Civil avançou na investigação que busca elucidar o último homicídio registrado no Vale do Rio Pardo. Patrick Andretti dos Santos, de 21 anos, foi assassinado com requintes de crueldade na madrugada de domingo, no pátio de sua residência, no Bairro Brígida, em Venâncio Aires. Ele levou dezenas de tiros. Foram recolhidos mais de 30 cartuchos no local, somando-se os deflagrados e os intactos.

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Nessa segunda-feira, 1º, o delegado Paulo César Schirrmann afirmou que o caso tem como pano de fundo o tráfico de drogas. Segundo ele, já há um suspeito de ter sido o mandante do crime. Dois outros teriam sido direcionados por esse homem – que é de fora da cidade – para matar o jovem. “Essa vítima não era do mesmo grupo a que nosso suspeito pertencia. Existem situações envolvendo o tráfico e disputas de território, a partir de pessoas que se acham no direito de cometer esses crimes”, afirmou Schirrmann.

Segundo o delegado, testemunhas relataram ter percebido dois ruídos diferentes dos estampidos de projéteis, indicando que os disparos foram efetuados por duas armas. Na residência, além do jovem assassinado, estava a companheira e um bebê de colo, filho do casal. “Essa extrema violência demonstra uma mente psicopata e configura uma espécie de recado, de quem é realmente agressivo e não tolera prejuízos ou interferência na comercialização dos entorpecentes”, complementou.

Vítima havia sido detida em fevereiro

Sabe-se que Patrick tinha relação com o comércio de entorpecentes em Venâncio Aires. Em uma ação na noite de 15 de fevereiro deste ano, o 2º Batalhão de Polícia de Choque (2º BPChoque), de Santa Maria, prendeu-o nas proximidades de um ponto de venda de drogas no Bairro Coronel Brito, lugar conflagrado pela criminalidade. Ao ver os policiais da divisão de elite da Brigada Militar, ele tentou fugir, mas foi alcançado.

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Com ele, foram localizados uma sacola com grande quantidade de maconha (cerca de meio quilo), R$ 160,00 em dinheiro e duas balanças de precisão. Patrick Andretti dos Santos foi conduzido à Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva). Dias depois, foi solto para responder pelo crime em liberdade. “Estamos buscando identificar a possibilidade de relação entre a morte dele e essa ocorrência por tráfico de drogas”, complementou Schirrmann.

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