Foram divulgados nesta quinta-feira, 28, resultados parciais da Operação Resgate, a maior força-tarefa contra o trabalho escravo já realizada no Brasil, com participação de diversos órgãos federais e ações em 23 estados. Desde 13 de janeiro, foram 140 pessoas resgatadas, sete delas no Rio Grande do Sul. A operação deve seguir na próxima semana.
Quatro das pessoas resgatadas no Rio Grande do Sul foram encontradas em Venâncio Aires. São quatro homens, com idades entre 30 e 50 anos, que eram mantidos em condições análogas à escravidão trabalhando na produção de carvão. Segundo as autoridades, a situação se estendia por um período entre três meses e um ano.
Os outros três resgatados no Estado trabalhavam no plantio e colheita de tabaco em Fontoura Xavier, no Norte do Estado. Um homem de 30 anos, uma mulher de 52 e o filho dela, de 19, estes dois últimos com deficiência, eram explorados há três anos.
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Além do resgate dos trabalhadores, a ação conjunta dos órgãos federais tem como objetivo verificar o cumprimento das regras de proteção ao trabalho, coletar provas para garantir a responsabilização criminal daqueles que lucram com a exploração e reparar os danos individuais e coletivos causados aos resgatados.
Também foram realizadas 64 ações fiscais, lavrados 360 autos de infração e identificados 486 trabalhadores sem registro na carteira de trabalho. Serão destinados cerca de R$ 500 mil em verbas rescisórias aos trabalhadores flagrados em condições análogas à escravidão e cada um deles terá direito a três parcelas do seguro-desemprego.
A Operação Resgate contou com atuação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Federal (PF), além da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), Ministério Público Federal (MPF) e Defensoria Pública da União (DPU).
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A equipe responsável pelas ações reúne aproximadamente 300 policiais federais, 100 auditores fiscais do trabalho, 29 procuradores do trabalho, 78 agentes de segurança institucional participaram das ações. O Estado com o maior número de resgatados é Goiás, 32, 24 deles retirados de plantações de laranja na região.
Com informações da Assessoria de Imprensa do MPT-RS
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