O dia de Finados nesta quinta-feira, 2, levou muita gente aos dois maiores cemitérios de Santa Cruz do Sul: o Municipal e o São João Batista. O primeiro teve movimento intenso pela manhã. Às 9 horas já era grande a presença de familiares de pessoas sepultadas no local, levando flores para homenageá-las, orando ou arrumando os túmulos. Alguns costumam fazer isso seguidamente, mas mesmo assim não deixaram de comparecer na data dedicada à lembrança dos entes queridos que já faleceram.
É o caso de Elcírio Schulz, 72 anos, que costuma ir ao cemitério semanalmente homenagear seus pais, um filho e um sobrinho. Ele explica que faz isso “para não deixá-los abandonados”, pois acredita que a pessoa desencarna, mas o espírito continua vivo. “Está bonito o cemitério hoje. Bem enfeitado”, observou. Wanir Guedes de Azevedo, 79 anos, foi levar flores e orar por seus pais, irmãos e outros familiares que lá estão enterrados. No seu entendimento, é um ato importante, principalmente orar pela alma dos familiares mortos e de todos os outros lá sepultados e que não foram lembrados.
A expectativa de Wanir é que essa tradição seja mantida pelas próximas gerações “porque é muito importante”. No Cemitério Municipal, ministros da Igreja Ressurreição, abençoaram os túmulos numa forma de homenagem às pessoas falecidas. O ministro Paulo Aguiar conta que a bênção é uma iniciativa da Igreja, pois o católico “leva muito em consideração” as pessoas que já morreram pelos exemplos que deixaram. Ele acredita que toda vez que é dada a bênção os falecidos são lembrados e isso faz bem para a alma deles.
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No Cemitério São João Batista, Berenice Schramm e a mãe dela, Dulce Schramm, foram levar flores a Eugênio Adolpho Schramm, pai e esposo, respectivamente. Conforme Berenice, elas costumam fazer isso em todas as datas importantes e em outras ocasiões também. “É costume. Sabemos que ele não está mais aqui, mas é uma maneira de nos sentirmos mais próximas dele, de presenteá-lo e mostrar a falta que ele nos faz”, salienta Berenice.
Procura intensa por flores
A proprietária de uma floricultura localizada em frente ao Cemitério Municipal, Marlene Schmitz, diz que a venda de flores relacionada ao período de Finados foi muito boa, principalmente das artificiais. Há exemplo de anos anteriores, a comercialização começou a aumentar assim que terminou a Oktobertest e foi intensa nos dois últimos dias. Marlene relata que este ano vendeu o dobro do comercializado em igual período dos anos anteriores.
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Este ano, segundo a proprietária, a procura foi maior pelas artificiais. As naturais começaram a ser vendidas na última quarta-feira e em menor quantidade. Lisiani do Carmo, 65 anos, foi uma das pessoas que comprou no estabelecimento de Marlene e optou pelas artificiais “porque duram mais”. O objetivo da compra foi enfeitar o túmulo da sogra, do sogro, do cunhado e de um sobrinho. “É uma forma de homenagear os que não estão mais aqui conosco”, destaca.
Lisiani achou bom os preços das flores artificiais. Mesmo assim, não escolheu as mais bonitas, de preços maiores, “por causa da crise”. Ela e o marido, Wilson do Carmo, ainda iriam a Vera Cruz, onde estão sepultados outros familiares deles.
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