As circunstâncias de um homicídio ocorrido em Santa Cruz do Sul há pouco mais de três anos serão analisadas nesta quinta-feira, 22, em sessão do Tribunal do Júri. Dioni Edilson Pereira, de 28 anos, sentará no banco dos réus, em audiência no Fórum que se iniciará às 13h15. Ele está preso na Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva) e é acusado de ter assassinado a tiros Daniel Ferreira Nepomuceno, de 42 anos, em 2 de maio de 2020, um sábado.
Conforme a denúncia do Ministério Público (MP), na data, por volta de 15h45, Daniel estava caminhando na Rua Guilherme Keber, Bairro Santa Vitória, quando o réu teria efetuado disparos contra ele, provocando sua morte. Uma guarnição da Brigada Militar (BM) foi acionada e capturou Dioni nas imediações da cena do crime, ainda na posse de uma pistola calibre 380.
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A arma apreendida havia sido furtada em dezembro de 2018, no município de Cachoeira do Sul. Uma investigação traçada pela 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP) indiciou Dioni por homicídio qualificado, com a qualificadora – dispositivo que pode ampliar a pena – elencada pelo recurso que dificultou a defesa da vítima. De acordo com a denúncia do MP, Daniel teria sido pego de surpresa, levando tiros pelas costas.
Os investigadores apuraram que Dioni cumpria pena restritiva de liberdade, monitorado por tornozeleira eletrônica, quando cometeu o crime. Um relatório teria apontado até o seu local na região do homicídio. Em depoimento à 2ª DP e em juízo, reservou-se o direito de permanecer em silêncio.
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Nesta quinta-feira, o réu será trazido da Peva ao Fórum de Santa Cruz do Sul sob escolta da Polícia Penal. Dioni Edilson Pereira tem diversos antecedentes e já foi investigado em inquéritos da Polícia Civil. Há 25 antecedentes em sua ficha, por crimes como homicídios, tráfico e associação para o tráfico de drogas, roubo de veículo e a estabelecimento comercial, ameaça, posse irregular de arma de fogo e lesão corporal.
O julgamento será presidido pela juíza Márcia Inês Doebber Wrasse. Autor da denúncia, o promotor Flávio Eduardo de Lima Passos vai representar o Ministério Público. A defesa do réu será feita pelo defensor público Arnaldo França Quaresma Júnior.
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