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NO TRIBUNAL

Homem que tentou matar ciclista a tiros vai a júri

Foto: Albus Produtora

Juíza Márcia, promotor Flávio e defensor Arnaldo vão atuar em júri nesta quinta-feira

Indiciado pela Polícia Civil e denunciado pelo Ministério Público (MP) como o autor de uma tentativa de homicídio há mais de três anos, Jones Cledir da Silva, de 43 anos, atualmente em liberdade, senta nesta quinta-feira, 23, no banco dos réus em Santa Cruz do Sul. Ele é acusado de ter sido o autor de disparos de arma de fogo contra Cláudio Alex dos Santos Júnior, de 25 anos, na noite de 25 de maio de 2020.

A sessão desta quinta-feira inicia-se às 13h15, no Fórum, e será presidida pela juíza Márcia Inês Doebber Wrasse. Sete pessoas serão sorteadas para compor o conselho de sentença. A acusação será feita pelo promotor Flávio Eduardo de Lima Passos, que foi o autor da denúncia. Já a defesa do réu ficou a cargo da Defensoria Pública, que será representada por Arnaldo França Quaresma Júnior.

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No dia do crime, segundo o MP, por volta de 23h30, a vítima seguia em uma bicicleta pela Rua Dona Carlota, próximo ao Centro Social Urbano, no Bairro Faxinal Menino Deus, quando passou pelo denunciado. Jones Cledir, então, teria chamado o ciclista e, após ordenar que o jovem corresse, passou a desferir diversos disparos que acabaram por atingir as costas e os braços do rapaz de 25 anos.

Ferido, Cláudio saiu correndo do local e foi até a casa de um parente, que o levou para a UPA Esmeralda, onde teve atendimento e sobreviveu. Em virtude de uma bala alojada no pulmão, ele realizou cirurgia e permaneceu internado durante um tempo. Chegou a ficar dois meses sem trabalhar em razão das lesões, mas recuperou-se por completo.

Assassinato no mesmo local, mas um ano antes

Tanto Jones Cledir quanto Cláudio têm antecedentes em suas fichas policiais. O réu é conhecido no meio policial pelo apelido de Berreta e é suspeito de crimes como furto, roubo, lesão corporal, porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas. Já a vítima tem registros por porte ilegal de arma de fogo, lesão corporal, receptação e ameaça. Figura como suspeita de participação em um homicídio ocorrido um ano antes, no mesmo local onde foi alvejado, na Rua Dona Carlota, Bairro Faxinal Menino Deus, próximo ao Centro Social Urbano.

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O delito que vitimou Cleber Luiz dos Santos, de 46 anos, aconteceu às 3h30 da madrugada de 1º de junho de 2019, e ainda não teve conclusão na esfera judiciária. Durante a investigação da tentativa de homicídio a ser julgada nesta quinta-feira, a Polícia Civil apreendeu na casa do réu uma arma de fogo que coincide com o armamento utilizado na prática do assassinato.

Em depoimento, Jones Cledir relatou que não efetuou os disparos, mas sim seu irmão, que estava foragido na época – e terminou preso em 25 de agosto daquele ano. Entretanto, na fase judicial, em nova oitiva, preferiu se manter em silêncio. Para o delegado Alessander Zucuni Garcia, a motivação do crime não foi suficientemente esclarecida, mas uma das hipóteses levantadas seria em razão de furtos que a vítima estaria cometendo no bairro.

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