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NA JUSTIÇA

Homem que foi incendiado pela ex em Santa Cruz é indiciado

Vídeo feito pelo homem foi confirmado na investigação como sendo anterior às ocorrências registradas | Foto: Reprodução

A Polícia Civil avançou nas duas investigações que buscam esclarecer a série de ocorrências registradas no fim de agosto envolvendo um casal que mora no Bairro Faxinal Menino Deus, em Santa Cruz do Sul. No dia 28 de agosto, uma mulher de 32 anos incendiou o ex-companheiro, de 31. Na oportunidade, ela admitiu aos policiais da Brigada Militar que jogou álcool e, com um isqueiro, colocou fogo no homem. Porém, diferentemente da versão apresentada pelo indivíduo, ele não estava dormindo, mas sim alterado e a teria agredido com um soco e um mata-leão. Então, num ato de desespero, ela o queimou.

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O caso passou a ser investigado pela 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP). No entanto, dois dias depois, em 30 de agosto, a mulher alegou ter recebido um vídeo ameaçador do ex-companheiro pelo WhatsApp em que, segundo contou, ele mostra três revólveres e afirma que lhe daria “uma rajada”. Isso resultou em uma investigação da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), que já foi concluída e remetida ao Poder Judiciário pela delegada Raquel Schneider.

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“Testemunhas afirmaram que ambos se ameaçavam e foi confirmado que ele proferia ameaças a ela. Como no nosso caso ela é a vítima e ele o acusado, acabamos por indiciá-lo pelo crime de ameaça”, explicou a titular da Deam.

Mulher admite à polícia que vídeo feito pelo homem era antigo

A mulher admitiu que o vídeo mostrando o homem com os revólveres era antigo, anterior à ocorrência em que ele foi vítima das queimaduras. “Inclusive, no vídeo se via que ele não estava ferido pelo fogo”, detalhou a delegada Raquel. O ex-companheiro irá responder pelo crime em liberdade. Quanto ao inquérito referente ao primeiro caso, em que a mulher ateou fogo, a 2ª DP continua realizando diligências.

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O procedimento, segundo o delegado Alessander Zucuni Garcia, encontra-se em fase de conclusão, já com uma linha traçada. “Os elementos colhidos apontam que, naquela oportunidade, a mulher não estava sendo agredida, logo, não agiu para se defender. Ao final será realizada a análise do enquadramento da conduta, se efetivamente ficou caracterizado o dolo de matar ou se o fato vai caracterizar outro delito”, comentou Garcia. Os nomes dos envolvidos não foram revelados pelas autoridades policiais.

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