A Polícia Civil de Santa Cruz do Sul investiga as circunstâncias de um homicídio ocorrido na noite da última quarta-feira na Rua 8 do Loteamento Berçário Mãe de Deus, Bairro Santuário. Fernando Pablo Alves, de 32 anos, conhecido no submundo do crime pelo apelido de Kéfas, foi assassinado com dois tiros de pistola na cabeça, em frente a uma residência.
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A Brigada Militar (BM) foi acionada e isolou o local até a chegada da Polícia Civil. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atestou o óbito e uma equipe do Instituto-Geral de Perícias (IGP) foi deslocada para coletar as primeiras evidências e vestígios do crime, que está sendo investigado pela 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP).
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A equipe do Posto de Criminalística do IGP de Santa Cruz apreendeu no local estojos de munições de pistola calibre 9 milímetros. Após recolhimento pela Funerária Machado, o corpo de Alves foi encaminhado ao Posto Médico Legal, onde foi feita a necropsia. Depois, foi liberado para os atos fúnebres. Responsável pela investigação, o delegado Alessander Zucuni Garcia salientou à Gazeta do Sul que o trabalho de coleta de informações está na fase inicial.
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“A vítima tinha envolvimento com a criminalidade. A partir de então, vamos a campo coletar elementos e ter dados concretos para apontar os envolvidos e descobrir a possível motivação”, comentou o responsável pela 2ª DP. Natural de Santa Catarina, Fernando Pablo Alves morou durante um bom tempo em Montenegro, onde colecionou ocorrências de furto, roubo, associação criminosa, lesão corporal, ameaça e porte de arma de fogo.
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Nos últimos anos, Kéfas veio morar em Santa Cruz e entrou no radar da polícia. Na cidade, tinha como antecedentes crimes como lesão corporal e ameaça. Chegou a figurar como um dos suspeitos em uma investigação de grande repercussão da 2ª DP, referente ao assassinato de Deangellis dos Santos Zinn, de 23 anos.
O jovem morreu há três anos, em 21 de março de 2021, após ser alvejado por 56 disparos de pistola calibre 9 milímetros nas imediações do campo de futebol do Bairro Bom Jesus. Esse caso ainda não foi finalizado, pois carece do resultado de uma perícia de confronto balístico em uma arma apreendida, que foi enviada ao IGP de Porto Alegre.
O homicídio de Kéfas foi o terceiro registrado em Santa Cruz do Sul neste ano. Os outros dois aconteceram no dia 10 de fevereiro, quando Mirian Terezinha Pinto Quevedo, de 57 anos, e Aline Viana Alencar, de 32, foram assassinadas no Bairro Santa Vitória. Esses casos ainda não foram concluídos pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). A média de um homicídio a cada 27 dias é baixa para uma cidade do porte de Santa Cruz.
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Mesmo assim, a BM busca manter a sequência de queda ano a ano que vem ocorrendo nos indicadores deste delito. Ontem, os policiais prenderam dois foragidos. Uma grande quantidade de viaturas também ocupou o Berçário Mãe de Deus, no Santuário, a fim de apaziguar a Zona Sul e gerar sensação de tranquilidade para a população.
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Conforme a atual subcomandante do 23º Batalhão de Polícia Militar (23º BPM), capitã Michele da Silva Vargas, o objetivo do trabalho é criar uma pronta-resposta diante do crime grave. “A Brigada Militar, sempre preocupada em prestar segurança à comunidade, desenvolve operações. Nesta quinta, estivemos no Santuário para acalmar a comunidade, dizer que as pessoas podem se sentir seguras. E quando precisarem da força policial ou quiserem fazer uma denúncia, podem ligar para o 190”, disse ela.
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“As ações preventivas são desenvolvidas pela presença policial com visibilidade e têm o intuito de reduzir crimes violentos contra o patrimônio e pessoas. Nosso objetivo é trazer paz e tranquilidade à comunidade, e o Estado está aí para auxiliar. Temos uma polícia muito séria em Santa Cruz, e as pessoas precisam nos auxiliar para que a gente não deixe que o mal tome conta”, complementou.
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