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CANDELÁRIA

Homem morreu após tentar separar briga de vizinhos durante a virada

Morte de Erico Josué Gonçalves Borges ocorreu no Bairro Ewaldo Prass

A primeira vítima de homicídio no Vale do Rio Pardo em 2023 foi morta ao tentar separar uma briga entre vizinhos. Esse foi o desfecho apontado por uma rápida investigação da Polícia Civil de Candelária. O trabalho conseguiu obter provas e entender a motivação que levou uma mulher de 24 anos a executar a tiros Erico Josué Gonçalves Borges, o popular “Lacraia”, de 29 anos, e ter tentado matar outras duas pessoas na madrugada do dia 1º de janeiro, poucas horas após a virada de ano, no Bairro Ewaldo Prass, em Candelária.

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Lacraia foi assassinado | Foto: Divulgação

Além da autora, que responderá pelo homicídio, por duas tentativas de homicídio, tráfico de drogas e posse irregular de arma de fogo, dois homens, pai e filho, de 38 e 18 anos, foram indiciados no procedimento. Eles responderão por tráfico de drogas e posse ilegal de seis armas de fogo, após armamento e entorpecentes terem sido apreendidos dentro da casa onde moravam.

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Conforme o responsável pela Delegacia de Polícia (DP) de Candelária, delegado Róbinson Palomínio, provas testemunhais e o trabalho pericial levaram à conclusão de que a mulher, que chegou a ser presa pela Brigada Militar na madrugada do assassinato, matou Erico e ainda tentou tirar a vida de outras duas pessoas. Uma delas, identificada como Márcio Fernando dos Santos, de 19 anos, foi alvejada no braço e no ombro, mas sobreviveu.

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A outra, uma jovem que é familiar das vítimas, só não foi morta porque a arma usada pela acusada falhou duas vezes. “A investigação, que contou com o auxílio da Brigada Militar, foi bem exitosa. Conseguimos elucidar tudo. Além das prisões em flagrante após o fato, no dia seguinte tomamos o depoimento de três testemunhas que viram o crime. Todas elas disseram exatamente a mesma coisa”, salientou Palomínio.

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Conforme os depoimentos, Erico foi intervir em uma discussão, seguida de briga entre vizinhos em razão do arremesso de garrafas de bebida na rua após a virada. No momento em que ele tentava separar, a acusada saiu armada da casa onde e passou a efetuar os tiros contra ele e contra Márcio. Erico, que residia na casa da frente, morreu na hora e Márcio foi levado para o hospital.

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Acionada, a Brigada Militar foi até o local e, com autorização do proprietário do imóvel onde mora a indiciada, entrou na casa. Lá foram apreendidas uma espingarda calibre 12, duas pistolas calibre 9 milímetros, uma pistola .40, uma garrucha calibre 22, um revólver calibre 38 com duas munições deflagradas e quatro intactas, diversas munições, quase quatro quilos de maconha, R$ 757,00 em dinheiro, cinco celulares, seis carregadores de pistola e um cabo de revólver.

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Com isso, o companheiro da mulher, de 38 anos, e o filho dele, de 18, foram presos por tráfico de drogas e posse de arma de fogo. Eles, que não tinham antecedentes, também foram indiciados no inquérito policial e responderão por ambos os crimes. A mulher responderá pelo homicídio, por duas tentativas de homicídio, tráfico de entorpecentes e posse de arma de fogo. Os envolvidos não tiveram seus nomes revelados.

Polícia pede, mas Justiça nega as prisões

Um dia após a prisão em flagrante, os três indiciados foram soltos por decisão da Justiça. Segundo o delegado Róbinson Palomínio, um servidor plantonista não anexou no auto de prisão o vídeo comprovando que os policiais militares tiveram autorização do proprietário para entrar na casa após o crime.

“Sem esse vídeo no procedimento, o juiz relaxou o flagrante e mandou soltar os três acusados. No dia seguinte, depois de ouvir as três pessoas, pedimos novamente a prisão preventiva pelo homicídio consumado, dois tentados, posse de arma de fogo e tráfico de drogas, mas novamente foi negado pelo Poder Judiciário”, salientou o delegado. Agora, com a conclusão do flagrante, a polícia voltou a pedir a prisão preventiva dos indiciados e aguarda a decisão do juiz responsável.

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