A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) identificou o homem acusado de se masturbar na frente de mulheres em Santa Cruz do Sul. Um dos casos ocorreu em outubro, no Bairro Santo Inácio. O homem, que não teve a identidade divulgada, tem 32 anos e é natural de Santa Cruz. Ao todo foram nove registros de crimes de importunação sexual e prática de atos obscenos.
Conforme a delegada Lisandra de Castro de Carvalho, titular da Deam, há casos datados do ano passado em que o homem se masturbava em locais públicos, na calçada, na frente de prédios. “O primeiro foi em janeiro de 2018. Séries foram aparecendo. Num primeiro momento não tínhamos a autoria, até que uma vítima conseguiu uma foto e foi constatado de que era um conhecido do bairro”, disse.
Chegado ao autor, foi feito o reconhecimento pessoal por todas as vítimas. “É diferente do reconhecimento por foto. Neste todas elas viram ele pessoalmente e foram unânimes em identificá-lo como autor dos crimes”, ressaltou. Ele negou os atos, mas no interrogatório, com a presença de um advogado, foi inconsistente em algumas afirmações que acabaram confirmando os indícios que apontam para ele.
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Casos
Foram nove casos registrados: dois no ano passado – 18 de agosto e 15 de outubro. Os demais são deste ano: 21 de janeiro, 25 de abril, 14 de maio, 19 de agosto, 4 de setembro, 16 de outubro e 18 de outubro. “Alguns surgiram após a repercussão de um dos casos. Podem, inclusive, haver mais situações”, ressaltou.
Os atos ocorriam entre o trajeto da casa dele e o local de trabalho, como nos bairros Centro, Santo Inácio, Universitário e Rua do Moinho. “Em um dos casos ele foi visto dentro da garagem de um prédio, porque talvez estivesse em uma escalada criminosa. Não sabemos como ele entrou”, explicou.
O homem já tem antecedentes por violência doméstica, injúria, ameaça e até registrou uma ocorrência de calúnia por causa da divulgação de um dos casos.
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Indiciamento
Ao ser indiciado por ato obsceno e importunação sexual, ele primeiramente vai responder em liberdade. Como a autoria foi identificada, se ocorrer mais um caso será pedida a prisão preventiva. A delegada lembra ainda que importunação sexual tem pena de um a cinco anos de reclusão, e ato obsceno de três meses a um ano de multa.
Os inquéritos policiais serão entregues hoje ao poder Judiciário, para oferecer a denúncia à Justiça, com o agendamento das audiências.
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