Santa Cruz do Sul registrou no início da noite desta segunda-feira, 17, o sétimo homicídio no município em 2021. Erickson da Silva Pires, de 26 anos, foi morto a tiros na esquina das ruas Dr. Guilherme Hildebrand e Professor Antônio Koehler, no Bairro Arroio Grande.
O caso aconteceu por volta das 18 horas. Informações preliminares colhidas pelos policiais revelaram que o homem estava em casa, na Rua Venezuela, Bairro Bonfim, e teria recebido uma ligação momentos antes de um outro indivíduo, para ir até o ponto, que fica em frente a um minimercado, nas proximidades do Sesi, em local conhecido como a “nova Imigrantes”.
Erickson foi de bicicleta. Na esquina, um veículo teria se aproximado e um homem efetuado disparos de revólver contra ele, que atingiram a cabeça e o peito, o fazendo cair no chão. Na sequência, o mesmo atirador teria descido do automóvel e ainda efetuado mais um disparo na cabeça, indo embora na sequência.
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O caso chamou a atenção dos moradores, que ouviram os disparos. Familiares e amigos da vítima compareceram à cena do crime e reconheceram o corpo. A mãe de Erickson, Silvana da Silva, estava bastante abalada e precisou ser consolada por pessoas que estavam no local.
A Brigada Militar (BM) foi acionada e fez o isolamento da área. Investigadores da Polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias (IGP) também foram ao local e coletaram as primeiras evidências do homicídio. De acordo com a BM, Bê, como Erickson era conhecido, possuía antecedentes criminais por ameaça, tráfico de drogas e estupro de vulnerável. O caso será investigado pela 2ª Delegacia de Polícia (DP).
Também de acordo com a Brigada Militar, Erickson da Silva Pires possuía uma ocorrência por estupro de vulnerável. O antecedente foi confirmado pela Polícia Civil, que vinha investigando o rapaz. O fato teria acontecido em 2018 e o homem teria estuprado uma menina de 8 anos em Santa Cruz, que havia vindo de Viamão ao município passar um período com a avó.
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A ocorrência foi registrada em novembro de 2019 na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) do município da Região Metropolitana, que repassou o caso no ano passado para a especializada de Santa Cruz do Sul. De acordo com a delegada Lisandra Carvalho, ele chegou a ser intimado, mas não compareceu à delegacia para prestar esclarecimentos sobre o caso.
Segundo a delegada, embora os elementos coletados durante a investigação da Deam apontassem para um indiciamento por estupro de vulnerável para Erickson, com a sua morte, o caso ficou sem conclusão. “Encerramos sem indiciamento por força de um dispositivo legal do Código Penal, que morte é causa de extinção da punibilidade”, explicou Lisandra.
O sétimo assassinato em Santa Cruz em 2021 deixa o município com uma média de um homicídio a cada 20 dias. Este foi o segundo caso no Bairro Arroio Grande este ano – Adão Gabriel de Oliveira, de 59 anos, mais conhecido como Adãozinho, foi a tiros por uma dupla em 5 de janeiro, na esquina das ruas São Roque e João Kirst, a menos de 1 quilômetro de onde ocorreu a morte de Bê.
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Ainda, dentre as curiosidades dos dois casos, ambos aconteceram em uma esquina e as vítimas estavam de bicicleta quando foram abordadas pelos atiradores. Embora os dois crimes tenham acontecido no Arroio Grande, os mortos não eram moradores do bairro. Adãozinho tinha residência no Rauber e Bê no Bonfim. Em 13 de abril, uma tentativa de homicídio também foi registrada próximo de onde o rapaz de 26 anos morreu nesta segunda-feira.
Na ocasião, um homem de 31 anos foi alvejado por disparos de arma de fogo na Rua Estrela, que faz esquina com a Professor Antônio Koehler. Ainda na cena do crime, nesta segunda, moradores reclamaram da falta de segurança no Arroio Grande. Os outros homicídios em Santa Cruz do Sul no ano foram registrados em cinco bairros diferentes: Bom Jesus, Santa Vitória, Progresso, Margarida e Rio Pardinho.
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