O delegado Paulo César Schirrmann confirmou nesta quarta, 03, à Gazeta do Sul que Arlei Giovane da Rosa Dornelles, de 42 anos, foi indiciado pelos feminicídios da ex-companheira Elisane Schneider Noll, de 55 anos, que aconteceu no último dia 25; e da mãe dela, sua ex-sogra, na metade de 2020. O inquérito referente ao assassinato mais recente foi encaminhado nesta quarta, 03, ao Poder Judiciário. Arlei assassinou a ex-companheira a tiros de revólver dentro da residência dela, em Linha Sapé, interior de Venâncio Aires.
Ele ainda disparou contra o genro da vítima, Jorge André Franco, de 32 anos, que sobreviveu ao atentado. De acordo com Schirrmann, o assassino confesso foi indiciado por homicídio triplamente qualificado, com as qualificadoras – dispositivos que podem ampliar a pena – elencadas pelo feminicídio (fato de a vítima ser mulher), motivo torpe (autor não aceitava fim do relacionamento) e recurso que dificultou a defesa da vítima (em virtude de o homem ter invadido a casa da mulher armado com um revólver).
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Ele também foi indiciado por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, pois utilizou um revólver calibre 38 com numeração raspada; homicídio tentado, por ter disparado contra o genro da vítima; e lesões corporais leves, após ter agredido um policial militar que o prendeu em flagrante no dia 25.
Atualmente, Arlei cumpre prisão preventiva na Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva). Se ele for condenado em júri popular ainda a ser marcado, sua pena pode passar dos 30 anos.
Delegado afirma que existem indícios suficientes
Autor do feminicídio de Elisane e da tentativa de homicídio do genro dela, Arlei Giovane da Rosa Dornelles também era investigado pela morte da ex-sogra, mãe da mulher assassinada no dia 25. O fato aconteceu na metade de 2020.
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O inquérito chegou a ser remetido pela Polícia Civil ao Poder Judiciário como acidente doméstico. No entanto, o promotor Pedro Rui da Fontoura Porto solicitou novas diligências aos investigadores, por achar que havia indícios significativos da participação de Arlei na morte dessa mulher.
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Segundo o delegado Paulo César Schirrmann, a nova investigação confirmou o envolvimento de Dornelles na morte da ex-sogra, e ele também foi indiciado por esse feminicídio. “A partir das novas informações, foram identificados indícios suficientes da participação dele nesse outro caso. Ainda estou estudando quais qualificadoras serão apontadas para o autor, mas vou remeter o inquérito ao Poder Judiciário ainda nesta semana”, salientou Schirrmann.
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