Quase 10 anos depois, um homem foi condenado no chamado “caso do secador”. O crime aconteceu em 2013, e deixou gravemente ferida Manuela Martins, na época com 19 anos, após a explosão de um secador de cabelos. Ela teve perda de visão do olho direito e a ponta de um dedo decepada. O julgamento de Alexandre José Gerasch, acusado de ter enviado o artefato para o consultório médico onde ela trabalhava, aconteceu na manhã desta quinta-feira, 15.
A primeira a depor foi Manuela, que contou o ocorrido na tarde do dia 4 de novembro de 2013. Ela disse que recebeu o pacote endereçado a namorada do médico que, após os atendimentos, solicitou que Manuela testasse o secador. No momento em que a secretária colocou o objeto na tomada houve a explosão. Manuela ficou ferida e foi levada para o hospital.
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A segunda depoente foi uma ex-funcionária da loja onde o acusado teria comprado o cartão enviado junto com o embrulho. Ela disse que escreveu a dedicatória solicitada pelo réu, mas que ele pediu que colocasse o nome de “Fabíola”, como sendo a remetente. A testemunha ainda contou que ouviu a explosão da loja em que trabalhava, fato contestado pela defesa.
Gerasch foi o próximo a falar. Ele não negou que comprou o secador, e colocou artefato explosivo dentro. Porém disse que sua intenção era “dar um susto” na namorada do médico, que era sua enteada. Segundo seu relato havia desavenças entre eles.
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Na sequência a acusação pediu a condenação de Gerasch por tentativa de homicídio qualificado, enquanto a defesa pedia que ele fosse julgado por “lesão corporal” Os jurados entenderam que Alexandre José Gerasch é culpado e ele foi condenado por tentativa de homicídio qualificado. A sentença foi lida pela juíza Magali Wickert de Oliveira, e a pena aplicada foi de 9 anos, 1 mês e 10 dias.
No final Manuela Martins disse em poucas palavras o que estava sentindo. “Alivio. Estou aliviada porque ele vai pagar pelo que fez”, disse emocionada.
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