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Homem acusado de torturar enteado de 4 anos é preso em Niterói

Flagrado em imagens agredindo e torturando um menino de 4 anos que era seu enteado, o lutador Victor Arthur Pinho Possobom, de 32 anos, se entregou à Polícia Civil do Rio de Janeiro na noite dessa sexta-feira, 16. A prisão havia sido decretada pela Justiça horas antes, depois que ele foi denunciado pelo Ministério Público do Rio pelos crimes de agressão e tortura contra o enteado. Possobom foi à 77ª DP acompanhado por um advogado e um coronel da Polícia Militar. Dali foi conduzido à 76ª DP, onde o caso é investigado.

A conduta de Possobom foi registrada por câmeras de segurança do prédio onde o suspeito morava com a então mulher, o filho dela e a filha que o casal teve, em Niterói, em fevereiro deste ano. Embora o caso tenha sido denunciado à polícia pelo síndico do edifício na mesma época, as imagens só foram divulgadas nessa quinta-feira, 15. No registro em vídeo, Possobom está em um sofá no saguão do prédio. Ele olha ao redor aparentemente se certificando de que não havia testemunhas. Depois, ao constatar que está sozinho com a criança, a sufoca e agride. Já no elevador, o homem coloca a mão na boca e no nariz do menino, que permanece imóvel.

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A chef de cozinha Jéssica Brandão, mãe da vítima e ex-mulher de Possobom, foi à 77ª DP na quinta-feira. Lá, contou que também foi agredida e mantida em cárcere privado pelo então marido. Pelo crime de violência psicológica contra a ex-mulher, a Delegacia de Atendimento à Mulher de Niterói já encaminhou à Justiça outro pedido de prisão de Possobom. Ele ainda pode ser indiciado por outros delitos.

Possobom e Jéssica foram casados por dois anos. A filha deles tem menos de 1 ano. Jéssica disse que, após um dos estupros que sofreu do marido, engravidou novamente, mas perdeu o bebê devido às agressões de que foi vítima. A chef de cozinha fugiu de casa em julho passado, e desde então não conseguiu rever a própria filha. Ela afirma que, mesmo antes de fugir, era proibida de sair do apartamento sozinha com a menina.

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Desde 2013, Possobom acumula uma série de acusações de crimes. Entre eles, o de agredir a própria mãe. A reportagem não localizou o advogado de Possobom, Daniel Aguiar, na noite dessa sexta-feira. Ele se limitou a enviar uma nota, na qual afirma que o cliente tem problemas psiquiátricos. “Meu cliente sofre de transtornos psiquiátricos e vem sendo submetido a tratamento nesse sentido. Ele tem transtorno comportamental com alternância de momentos de euforia e comportamentos impulsivos. Faz uso de medicamentos de controle especial e exatamente no dia dos fatos, em razão de sra. Jéssica (mãe da criança) ter tido também um ‘surto’ dizendo que iria tirar a própria vida, deixou-o em um estado de completa tensão emocional”, afirma a nota.

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Heloísa Corrêa

Heloisa Corrêa nasceu em 9 de junho de 1993, em Candelária, no Rio Grande do Sul. Tem formação técnica em magistério e graduação em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Trabalha em redações jornalísticas desde 2013, passando por cargos como estagiária, repórter e coordenadora de redação. Entre 2018 e 2019, teve experiência com Marketing de Conteúdo. Desde 2021, trabalha na Gazeta Grupo de Comunicações, com foco no Portal Gaz. Nessa unidade, desde fevereiro de 2023, atua como editora-executiva.

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