Encontra-se foragido o homem acusado pela Polícia Civil de ter assassinado o agricultor Paulo José de Moraes, de 38 anos, na noite de 31 de outubro, às 20h45, em um bar de Linha da Grama, Sinimbu. O mandado de prisão preventiva contra Rubem Pereira, de 28 anos, conhecido como Rubinho, foi expedido no dia 24 de novembro pela juíza Márcia Inês Doebber Wrasse, da 1ª Vara Criminal de Santa Cruz do Sul.
O documento consta como pendente de cumprimento no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), após a conclusão do inquérito policial que indiciou Rubinho e um comparsa, de 30 anos, por homicídio qualificado – o segundo vai responder em liberdade. Desde a data, buscas foram realizadas pelo inspetor Marcelo Jackisch em endereços cadastrados pelo réu, como na casa de sua mãe, no interior de Mato Leitão, próximo a um balneário.
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Diligências também foram feitas em outros endereços frequentados pelo suspeito, como Banhado Grande, em Gramado Xavier, e Linha Almeida, Salto do Rio Pardinho e Pinhal Santo Antônio, em Sinimbu. Todas sem sucesso. “Inicialmente, tínhamos um sinal positivo do advogado dele, de que se apresentaria para ser recolhido. Isso, porém, acabou não se concretizando. Então realizamos várias diligências, mas até agora não o encontramos”, afirmou o delegado Alessander Zucuni Garcia, responsável pela 2ª Delegacia de Polícia de Santa Cruz do Sul, que atua também em Sinimbu.
A investigação policial, que ouviu 14 testemunhas, apontou que Pereira fez os disparos contra Paulo José. O homem de 30 anos, que chegou com o acusado ao bar, teria interferido na hora do crime em favor do atirador, quando outras pessoas tentaram desarmá-lo.
O delegado também explicou o que o fez representar pela prisão preventiva de Rubinho, mas não do comparsa. “O segundo elemento teve uma participação menor no fato. O conjunto deixou evidente que quem foi o executor e apertou o gatilho, ocasionando a morte, é esse homem que se encontra foragido”, complementou o delegado Garcia.
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“No máximo, legítima defesa”, diz advogado
O advogado Marco Alfredo Mejia, que faz a defesa de Rubem Pereira, diz que não concorda com o indiciamento do cliente. “Os critérios adotados na investigação divergem totalmente da defesa. O rapaz falecido, que a sociedade conhecia como sendo de participar de brigas, foi atrás do réu no conflito. Meu cliente não tem nenhum antecedente criminal”, afirmou Mejia. Ele ainda citou um fato comentado entre os moradores de Sinimbu na época do crime, de que a situação havia sido motivada por uma desavença política.
“Esse fato foi um delito de, no máximo, legítima defesa. O meu cliente não queria briga e só não ficou ali no local, após o acontecimento, porque iriam linchar ele. A vítima utilizou-se do fator político para iniciar as agressões, pois cada um era de um partido.”
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Marco Alfredo Mejia prometeu apresentar o acusado após o fim do recesso do Judiciário. “Não tive contato com meu cliente nos últimos dias, mas afirmo que na primeira audiência de custódia, iremos apresentar ele”, salientou o advogado.
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Relembre o caso
O agricultor Paulo José de Moraes, de 38 anos, foi morto a tiros na noite de 31 de outubro, às 20h45, em um bar de Linha da Grama. A vítima estava no estabelecimento, que fica perto do distrito de Pinhal Santo Antônio, nas proximidades da RSC153, entre Herveiras e Gramado Xavier, quando foi alvejada na cabeça por dois tiros de revólver calibre 38.
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Segundo a Polícia Civil, momentos antes da morte havia acontecido uma tentativa de agressão dos acusados contra a vítima, dentro do bar. Paulo José então teria saído do estabelecimento, com medo de ser agredido. Porém, cerca de meia hora mais tarde, voltou ao local para buscar um lanche que havia encomendado. Nesse momento, teria sido surpreendido pela ação do atirador.
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A vítima chegou a correr para o interior do estabelecimento, mas foi alcançada e alvejada. Paulo José morreu na hora. A seguir, quando Rubem Pereira passou novamente pela parte do imóvel onde fica o bar, um outro homem conseguiu desarmá-lo após entrar em luta corporal. Conforme apurado pela Polícia Civil, o autor dos tiros fugiu a pé para um mato atrás do bar.
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Ainda na noite do crime, o revólver utilizado foi apreendido pela Patrulha Comunitária do Interior (PCI) da Brigada Militar. Um pé de tênis cinza, tamanho 42, perdido pelo acusado na fuga, também foi apreendido. Rubem Pereira estaria trabalhando como pedreiro em Sinimbu, na localidade onde fica o bar onde ocorreu a morte. Paulo José de Moraes, a vítima, não tinha antecedentes.
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