Saudosismo. O termo se ajusta bem ao recorte de contos infantis que o escritor e desenhista santa-cruzense Gil Kipper, 68 anos, fez de parcela da sua produção que, ao longo da década de 1990 e no início dos anos 2000, foi compartilhada pela Gazeta do Sul no suplemento Gazetinha. Autor tanto dos enredos quanto das ilustrações, Gil contribuiu para formar leitores, os quais certamente guardam na memória, carinhosamente, as peripécias dos personagens.
Agora, Gil reúne 22 daqueles textos no livro Histórias para contar, que lança por meio de sua editora, a Zum, em volume de 41 páginas, a ser vendido a R$ 20,00. Para os seus leitores daquela época, ou para os filhos e netos deles, a garotada do século 21 é a oportunidade de um contato prazeroso com histórias infantis à moda clássica. Com diversão e informação garantidas.
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As histórias de Gil Kipper remetem a um tempo ou a uma cultura que valoriza a imaginação criadora e o contato íntimo, prazeroso, com a natureza. As atividades propõem atenção à flora e à fauna, no campo e na cidade, estimulando a reflexão e a capacidade de resolução de problemas do dia a dia.
Em destaque, ao lado dos personagens exclusivos criados pelo desenhista, aparecem animais, domésticos ou selvagens, de pequeno ou grande portes, além dos insetos, em situações que sugerem a importância do convívio harmônico e da interdependência entre todos os seres no mundo natural. Há, por exemplo, referência ao papel de cães e à companhia deles, bem como a abelhas, pássaros, peixes, corujas, entre vários outros elementos do ecossistema.
A amizade, a parceria e o apoio mútuo entre as crianças também são salientados, assim como sua relação com os familiares. Em termos de estímulo à imaginação, alguns contos apoiam-se sobre o suspense ou sobre a curiosidade típicas dos pequenos aventureiros, meninos e meninas em uma idade na qual lidam com a fantasia e a inquietude decorrente do mundo circundante.
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Um dos aspectos sempre valorizados por Gil Kipper é o da importância da leitura, ou da necessidade de valorizar a educação, as tarefas escolares. Justamente por isso, Histórias para contar tende a ser uma ferramente valiosa para pais e também professores, em salas de aula, no sentido de convidar a garotada a ler ou a refletir sobre os assuntos.
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Entre eles, vale ressaltar igualmente o convite que o livro faz para uma volta no tempo e a ocupação com brincadeiras clássicas, como a do jogo de esconde-esconde ou das partidas de bola de gude, ou bolita.
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Os leitores de mais longa data da Gazeta do Sul certamente lembrarão do suplemento Gazetinha, que marcou época no jornalismo gaúcho ao longo da década de 1990, tendo contribuído para o estímulo à leitura junto a várias gerações.
O escritor e desenhista Gil Kipper foi o responsável direto pela elaboração daquele conteúdo, tanto das histórias protagonizadas por uma trupe de personagens quanto pelas atividades para preencher ou ilustrar. Gil é autor de mais de duas dezenas de livros infantis e infantojuvenis, alguns com tiragem de best-sellers.
HISTÓRIAS PARA CONTAR, de Gil Kipper. Santa Cruz do Sul: Zum, 2024. 41 páginas. R$ 20,00.
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