Depois de ficar mais de um ano sem abrir ao público por problemas na estrutura e também pelas restrições em consequência da pandemia, o Museu do Colégio Mauá se prepara para atender novamente interessados pela cultura e história da região. A obra, que começou na última semana, é realizada pela Teccon Engenharia e deve ser concluída em até 40 dias.
O diretor-geral do Colégio Mauá, Nestor Raschen, explica que uma das paredes do prédio construído há mais de cem anos foi prejudicada pela longa estiagem entre 2019 e 2020. “Isso impediu que o museu pudesse abrir. Claro, vieram também a pandemia e todas as dificuldades. Mas estamos nos preparando para a reabertura, fazendo essa obra para, assim que for possível, abrir a casa para a comunidade. É um prédio antigo, de 1909, então não é a primeira intervenção, já foram feitas várias necessárias para que ele se mantenha com condições de uso”, observa. Conforme Raschen, o museu deve reabrir obedecendo todos os protocolos de distanciamento social, com menor capacidade de visitantes.
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Depois de concluída a reforma, a diretora do Museu do Colégio Mauá, Maria Luiza Schuster, diz que a equipe se reunirá para organizar tudo e deixar o lugar pronto para receber estudantes e demais interessados. “O museu tem a história de Santa Cruz. Como ele é o único aqui e já tem 54 anos, ele guarda muita coisa da história da cidade, da imigração. Temos material paleontológico, material etnográfico, dos índios da nossa região e de outros estados, animais taxidermizados que chamam muito a atenção das crianças, temos moedas também”, detalha.
Além disso, a ideia é retomar as exposições temáticas temporárias. “Cada ano, elegemos um tema e montamos uma exposição daquele material que temos guardado e que não vem para exposição normal, então a gente cria um tema e traz aquele material, porque nosso museu não tem espaço para todas as peças. Esse espaço é para tornar o museu mais dinâmico”, explica.
Ainda de acordo com a diretora, o local recebe estudantes de todas as idades, mas também universitários e visitantes de diversas partes do mundo. “Para as crianças, isso é uma sala de aula extremamente importante e especial, porque elas podem ver in loco aquilo que estudam na escola. É de grande valia, o museu é um espaço cultural especial da nossa cidade.”
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História preservada com segurança
O engenheiro civil e diretor da Teccon Engenharia, Luiz Felipe Etges, explica que o trabalho que está sendo feito é uma recuperação estrutural da fachada. “Na engenharia tem fundação profunda e fundação rasa, e essas aqui são rasas. Como o solo de Santa Cruz é argiloso, em tempos de seca a argila contrai, e com isso ocorrem as fissuras.”
De acordo com o profissional, manter a identidade do prédio foi uma preocupação do diretor do Mauá, Nestor Raschen. “No início, pensamos em criar estruturas de concreto para segurar essa parede, reforçar, mas depois pensamos em não afetar o padrão existente. No ano passado, nossa empresa restaurou o Palacinho da Prefeitura, que é tombado pelo patrimônio histórico, então temos experiência. Faremos a recuperação simplesmente no corpo do prédio, sem criar novas estruturas que ficariam aparentes e afetariam a arquitetura”, esclarece Etges.
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