A última sessão ordinária de 2020 da Câmara de Santa Cruz foi marcada por comoção e recordações de passagens marcantes da história recente do Poder Legislativo. Isso porque a reunião também foi a última com a presença de três dos personagens mais marcantes da vida pública local nas últimas décadas: Hildo Ney Caspary (PP), Edmar Hermany (PP) e Ari Thessing (Cidadania), três remanescentes da “velha guarda” do parlamento que vão se despedir da Casa no próximo dia 31.
Os três estão entre os recordistas de mandatos no município. Hildo Ney atuou por nove legislaturas, é o vereador mais longevo de Santa Cruz e, assim como Hermany, que tem cinco mandatos, não voltou a concorrer neste ano. Já Thessing, com sete mandatos, não se reelegeu, embora tenha sido o oitavo mais votado, porque seu partido não atingiu o quociente eleitoral. Saíram da sessão com placas em suas homenagens entregues pela Câmara.
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Em pronunciamentos na tribuna nos quais se emocionaram, eles destacaram alguns de seus feitos e agradeceram o apoio de colegas. Também afirmaram que vão seguir na militância, mesmo sem cargo.
Hermany lembrou a participação na elaboração da Lei Orgânica Municipal, que até hoje recebeu apenas duas emendas, e exaltou o fato de ter sido o vereador mais votado em três ocasiões. Thessing lembrou ter sido autor da lei que extinguiu o voto secreto na Câmara – um avanço em transparência.
Já Hildo Ney frisou a luta contra um movimento emancipacionista que tiraria de Santa Cruz distritos que foram importantes ao desenvolvimento do município, a mobilização pela lei do livre horário do comércio e a campanha pela anexação de São José da Reserva, na década de 1990.
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