Desde cedo aprendi sobre a importância da família, do trabalho e da solidariedade em todos os ambientes. Trata-se de uma missão permanente que requer disciplina, além de busca incessante de aperfeiçoamento, vigilância e motivação interna. No âmbito profissional, logo entendi que a comunicação era a “minha praia”. A vocação se manifestou logo no então curso primário, quando realizávamos frequentemente os chamados “testes vocacionais”.
Minha “estreia” diante daquele imenso questionário ocorreu na Escola Luterana São Paulo, de Arroio do Meio, minha terra natal, no Vale do Taquari. Era um calhamaço recheado de perguntas de toda ordem. Isso incluía dados da família, hábitos e gostos pessoais. Ao longo do tempo, a repetição desse teste – também aplicado no finado segundo grau – consolidou meu futuro. Não tinha outro jeito: seria jornalista.
Tenho ex-colegas de profissão que depois da formatura até chegaram a enveredar pela comunicação, mas foram obrigados a renunciar ao sonho desejado por tanto tempo. O mercado, sempre restrito e excludente, expulsou muitos colegas de talento que enveredaram para outros segmentos, obrigados a conviver com essa frustração eterna. Para sobreviver e sustentar a família, muitos se submeteram a uma rotina torturante. Por isso, tornaram-se amargos, ressentidos, revoltados. São consequências naturais para qualquer ser humano contrariado diante de uma frustração que atravessou décadas.
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Realizar-se através do trabalho é um privilégio de valor imensurável. Falo isso como resultado do meu cotidiano. Compartilho da alegria de alguém que há mais de 40 anos acorda todo dia cheio de energia para superar dificuldades pessoais, obstáculos comuns na rotina e os problemas do cotidiano profissional. Gostar do que se faz… não tem preço!
O reconhecimento dos colegas e amigos é o ápice da carreira. Constitui em resultado do trabalho árduo que requer dedicação incessante, persistência de um monge. “Cada amanhecer é como se o jogo se iniciasse, um zero a zero. O que fizemos ontem é passado. É preciso renovar energias, encarar os desafios para superar”, costumo dizer aos meus filhos.
Prêmios, sucesso e fama têm enorme valor, mas o verdadeiro reconhecimento se dá junto às pessoas que escolhemos para compartilhar a nossa existência. De nada adiantam as láureas “externas”, os troféus e títulos, se aqueles que são alvo da nossa dedicação “não estão nem aí” para o nosso esforço.
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A frustração de não mobilizar afetos gera desânimo e depressão. Conheço amigos que, cansados de não ver os esforços reconhecidos “dentro de casa”, mudaram de emprego ou romperam relações afetivas porque se sentiram abandonados, solitários e derrotados. São sentimentos dolorosos!
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