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ENTREVISTA

Helena traz plano para as questões ambientais e fala sobre a Operação Controle

Atual prefeita e candidata à reeleição, Helena Hermany (PP) foi a última entrevistada da primeira série de conversas com os prefeituráveis no programa Estúdio Interativo da Rádio Gazeta FM 107,9. Ela falou durante 40 minutos com o jornalista Ronaldo Falkenback, que abordou assuntos gerais, como a Operação Controle e projetos que constam no plano de governo da coligação Caminho Seguro, integrada pelo PP, PSB, PRD, PSD, Republicanos, União Brasil e Federação PSDB/Cidadania.

Ao apresentar-se, Helena reforçou o seu contato com o público, desde o tempo em que trabalhava no Banco do Brasil. Foi nessa época que passou a fazer campanha eleitoral, primeiro para o seu marido, Edmar Hermany, que concorreu a vereador em 1988. Quatro anos após, ele disputou a Prefeitura de Santa Cruz e ela viu a oportunidade de filiação e participação mais ativa. “Com ele prefeito, me disseram: tu tens dois caminhos: ou vai junto e gosta ou vai passar o tempo todo brigando”, relembrou.

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A candidata reforçou que sua formação na área contábil fez com que fosse uma primeira-dama diferente, com ações mais técnicas no suporte à área social, que não tinha uma secretaria, como atualmente. O período de acompanhamento dos trabalhos no poder público e os convites motivaram a sua candidatura à Câmara, no ano 2000. Chegou a criar um gesto, que simbolizava o envio do que estava ao coração para a urna. E diz que viu, no dia da votação, muitas pessoas utilizando esse símbolo para demonstrar apoio.

De lá para cá, Helena foi vice-prefeita na gestão de José Alberto Wenzel e nas duas de Telmo Kirst, sendo eleita para o comando no Executivo na última eleição. Reforçou ser feliz com o que faz e que vive a Prefeitura. Aproveitou para questionar o que um dos adversários teria falado. “Achei estranho que um candidato me perguntou: como tu aguenta, porque é um inferno? Como se candidata à Prefeitura se acha um inferno?”. Na entrevista, ainda falou de temas polêmicos, como a Operação Controle.

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Principais tópicos

  • ELEIÇÃO 2024: “Estou muito feliz com a receptividade que estou tendo. Parece que é maior do que em outras vezes. É muito difícil alguém te dar um cumprimento sem graça. Estou sentindo uma coisa muito boa, espontânea, natural. Estou muito bem, mesmo.”
  • OPERAÇÃO CONTROLE: “Quando começou, me pronunciei e muitos acharam que tinha falado bobagem, mas hoje tenho certeza de que falei a coisa certa. Como é que vai ser desviado um valor desse da Prefeitura, que tem um controle de tudo, que tudo passa por diversas etapas, pela Caixa Federal? Não tem como existir. O Ministério Público (MP) disse que iria mostrar onde está. Quando foi a acusação, colocaram R$ 4,627 milhões como realmente desviados. Temos todas as comprovações de pagamento. Isso foi pago pelos serviços executados. Tenho o extrato da Caixa onde mostra o saldo: R$ 42,727 milhões. Somando com o que foi pago, está comprovado. O dinheiro está na Caixa. A obra está parada, e estamos esperando a decisão para poder continuar. Disse que a prejudicada seria a população de Santa Cruz e continuo dizendo. Aquela obra é esperada há décadas, está interrompida, o dinheiro está na Caixa esperando pela continuação e estamos nesse impasse. Não houve desvio de R$ 1,00. Tem cinco ou seis etapas até que consiga fazer o pagamento, e quem paga é a Caixa. O que não foi pago está depositado na Caixa e vai ficar lá até continuar essa obra.”
  • ALUGUÉIS: “Nenhum aluguel, permuta, compra é feita sem passar por uma equipe de profissionais concursados que avaliam e chegam à conclusão. É um cálculo enorme que fazem. Nada é feito sem passar por eles. A licitação é a mesma coisa. São todos concursados com bastante experiência em sua atuação. Eles sabem da sua obrigação e são competentes. Outra coisa de que fui acusada, os R$ 23 milhões do Fundeb, não tem absolutamente nada. Ainda mostra que os funcionários não fizeram um erro de registro. Mais uma vez, parabéns aos nossos funcionários! Agora, estou aqui falando como candidata. Como prefeita, estou com sindicância aberta, fazendo averiguação e os trâmites. Me disseram: tem que separar a Helena prefeita e a Helena mãe; agora, eu estou separando a candidata e a prefeita.”
  • HENRIQUE HERMANY: “Era líder do governo. O que os vereadores queriam ou reivindicavam passava por ele, que trazia as demandas dos vereadores da situação, da oposição. E ele trazia tudo. Um vereador, que leu toda a acusação, e disse que é algo que os vereadores fazem, vão atrás, pedem para as coisas andar, veem onde está parado, por que não estão andando, se é para o bem do município, para a comunidade. Como líder do governo, ele deveria ter participado de todas as reuniões dos secretariado, mas nunca fez isso. Só procurou ajudar para que as coisas acontecessem. Eu, como prefeita, estou fazendo tudo o que devo fazer. Se tiver alguma irregularidade, a Justiça vai apresentar e eu vou tomar as devidas providências. Como prefeita, sei muito bem das minhas obrigações e o que eu tenho que fazer.”
  • QUESTÃO CLIMÁTICA: “Tivemos uma reunião enorme para apresentação do plano de contingência de um grande trabalho feito pelas secretarias do Meio Ambiente, Obras e Defesa Civil. Estamos articulando plano enorme de ações que vão ser feitas logo, daqui a meio ano e dois anos. Temos diversos problemas a resolver, como a Várzea. A primeira coisa que fizemos (após os eventos climáticos) foi ir a Brasília pedir celeridade para as 144 casas, e que pudéssemos dar prioridade às pessoas do Várzea que queiram sair de lá. Acredito que sexta-feira [hoje] será assinado contrato em Santa Maria e dado início. Deve levar um ano, mas já temos a relação das pessoas que querem sair e entrar nesse projeto. Conseguimos crédito para empresários que perderam suas coisas, aluguel social, estadia solidária, estamos encaminhando aquele projeto para compra compartilhada, com o governo mandando R$ 200 mil e as pessoas comprando outra casa. Já tínhamos encaminhado estudo geológico naquela região do Belvedere. Ali onde rachou, 12 metros não tem terra firme. Provavelmente, teremos que fazer estaqueamento para segurar aquela região que está cedendo. As casas debaixo, provavelmente, deverão ser indenizadas para que as pessoas possam comprar outra casa que não tenha perigo. Outra alternativa seria a concretagem, mas acredito que já mexemos muito no meio ambiente. Então sou a favor que, nem que seja despesa grande, a gente deixe o meio ambiente agir e realoque as casas com segurança e faça o suporte para que não haja mais problemas. Também há um projeto enorme de macrodrenagem, feito pela Unisc, que temos esperança de que sejamos contemplados. Precisa uma infraestrutura muito grande para resolver o problema, mas de imediato, se conseguirmos tirar as pessoas da Várzea e transformar em uma área esponja seria o ideal, mas nem todos querem sair. Esse é um problema. Estamos conversando, tentando outras alternativas, como os terrenos que nos são cedidos em empreendimentos, que ficam em área boa, que podem ser doados para essas pessoas. Daí podemos fazer o projeto compartilhado, a Prefeitura doa o terreno e o proprietário faz um empréstimo e constrói casa boa.”
  • EDUCAÇÃO: “Transformamos a escola do Menino Deus em tempo integral e pretendemos fazer isso em mais escolas. Pego o meu exemplo: por que trabalhei tanto para os centros ocupacionais? Logo que entrei na Prefeitura, a primeira coisa que fiz foi instituir os centros ocupacionais em horário inverso da escola, para que os pais, principalmente, as mães, tivessem tranquilidade para ir trabalhar sabendo que os filhos estão seguros, mas eles não têm o perfil pedagógico como da escola integral. Além dos centros de convivência, queremos fazer o maior número de escolas em tempo integral, mas isso esbarra em uma situação. Mandei o projeto à Câmara, os vereadores discutiram e acabei tirando o projeto. Quando aumenta o serviço, precisa mais pessoas. O tempo integral agrega mais professores, educadores e temos o concurso para educação pronto. Entre 10 de setembro e 10 de outubro, ocorrerão as inscrições. Será um concurso específico para a educação, devido à importância dessa área para nós. No caso das Emeis, elas têm só os pequenos em tempo integral, daí vai para a pré-escola, mas não tem para todos a pré-escola em tempo integral. Já está decidido que terá no Bom Jesus, onde fica o posto de saúde. O novo posto está sendo construído no campo, e o prédio será transformado em pré-escola em tempo integral, porque fica bem juntinho da creche Criança Feliz. Nós nos preocupamos com o atendimento às crianças especiais. Nossos estagiários, que ficam com as crianças especiais, são todos da universidade, cursam Serviço Social, Psicologia, Pedagogia, para realmente dar atendimento a essas crianças que precisam.”

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