A prefeita Helena Hermany (PP) defendeu, em entrevista ao comunicador Ronaldo Falkenback, na Rádio Gazeta FM 107,9, a possibilidade da adoção do conceito de “cidade-esponja” em Santa Cruz do Sul. Seria uma ação preventiva para evitar danos materiais e humanos nas tradicionais áreas alagadiças, como a região do Navegantes, no Bairro Várzea.
O mecanismo foi implantado inicialmente na China em 2012, quando a capital, Pequim, passou por forte enchente, com 80 mortos. O arquiteto, urbanista e paisagista Kongjian Yu, então, elaborou estudo para instalar um espaço em que fosse possível a absorção da água, sem que gerasse danos. Pode ser um parque, um estacionamento, praças ou ruas sem habitações e com permeabilidade do solo, obtida a partir da colocação de recursos naturais capazes de fazer essa absorção da água.
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Mas para isso é fundamental a desocupação da área, com a transferência dos moradores. A prefeita Helena frisou que tem conversado com atingidos pelas cheias no Navegantes que passam a cogitar essa ideia. “Existe apego, lado afetivo. A pessoa entende que trabalhou a vida inteira para construir e querem tirar, mas muitos viram que o que sobrou foi uma camada de lodo. Então, chegaram a essa conclusão de que não dá para ficar”, destacou.
Assim, o Município já contatou a Caixa Federal para criar um critério especial para o cadastramento das famílias no projeto habitacional Santa Maria II, que está em fase de implantação. Seriam incluídos moradores do Navegantes e áreas com deslizamento, como os bairros Margarida e Belvedere. “Estamos esperando a superintendência da Caixa para alinhar bem esse projeto. Não adianta fazer soluções paliativas”, enfatizou a chefe do Executivo.
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Helena adiantou que já existe um pré-cadastro para esse projeto habitacional, mas agora deve ser focado o público que ficou desalojado ou desabrigado. Acredita que aqueles que deixaram seus nomes certamente entenderão a situação de prioridade e a Prefeitura deve batalhar para que seja liberado um novo programa para a conquista da casa própria. “Já fizemos 900 casas no Viver Bem, outras 600 nos dois projetos que conseguimos com a [ex] senadora Ana Amélia [Lemos], com custo zero, e, agora, mais 144 no Santa Maria II”, elencou.
Na entrevista, Helena falou sobre outras iniciativas em andamento:
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