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ENTREVISTA

Helena explica gestão encurtada pela pandemia e fala em implementar motofaixas

Foto: Tuanny Giovanella

A prefeita Helena Hermany (PP), candidata à reeleição, foi a primeira a participar da nova série de entrevistas na Rádio Gazeta FM 107,9, na manhã dessa segunda-feira, 23. Durante 40 minutos, ela falou com o jornalista Ronaldo Falkenback e abordou questões sobre o seu plano de governo. Como diferencial em relação à rodada anterior, também respondeu à pergunta de uma entidade local.

Helena relembrou o fato de ter assumido a Prefeitura no período de pandemia. Esse fato, explicou, fez com que alguns dos projetos fossem postergados. “Foram principalmente asfaltos, como o do Esmeralda. Tínhamos projeto de pavimentar todo o bairro, mas fizemos metade no Esmeralda, metade no São João e metade no Aliança”, contou. Acrescentou que o restante das vias está projetado, assim como outras pavimentações como em Malhada, João Alves e a continuação do anel viário para desafogar o Centro.

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A entidade a fazer o questionamento, mediante sorteio, foi o Sindicato dos Funcionários Municipais (Sinfum). O presidente Gerson Job perguntou sobre a possibilidade de restabelecimento de direitos, como insalubridade, que foram perdidos com a mudança do regime dos servidores, de celetista para estatutário. “Estamos dando reajuste acima da inflação, retomamos o risco de vida para uma série de categorias, já estamos trabalhando na insalubridade. Temos empresa fazendo estudo para que todos que trabalhem em lugares insalubres possam ganhar a insalubridade”, disse Helena.

A candidata, que estava na companhia do seu vice de chapa, Fabiano Dupont (PSB), também falou sobre assuntos como mobilidade urbana, a obra do viaduto do Bairro Arroio Grande, educação em tempo integral, a instalação da farmácia veterinária e outros temas.

O que ela disse

  • LEGADO
    “Nosso eleitorado é mais silencioso. Digo que não precisa estar gritando, colocando placa. O que vale é do coração para a urna. Quem sabe, quem respeita a família, os costumes, quem não fica prometendo coisas inaceitáveis. Tivemos um ano e meio de pandemia. Assumi no meio de uma pandemia e não perdemos tempo. Salvamos vidas e empresas. Nenhum comércio fechou, nenhum pequeno foi desassistido, nenhum profissional liberal ficou sem apoio.
    Fizemos até uma Oktober dentro do possível para que as pessoas pudessem ter algum rendimento. Ninguém ficou nos corredores do hospital. Agora, no final, com toda essa calamidade que assolou o Rio Grande do Sul e de maneira especial Santa Cruz, ainda temos localidades que precisam de ajuda por causa da enchente. Temos mais de 50 obras em andamento, muitas projetadas e mais de 30 obras que fizemos em dois anos de mandato. Nunca um governo fez tanta obra em espaço tão reduzido.”
  • OBRAS POSTERGADAS
    “Cada segunda-feira temos reunião com equipes de projetos, contratos e engenheiros para avaliar cada obra. Principalmente, asfaltos tiveram que ser postergados. Por exemplo, no Esmeralda, tínhamos projeto para pavimentar todo o bairro. Fizemos metade no Esmeralda, metade no São João e metade no Aliança; a outra metade está projetada, vai ficar no próximo governo. Há asfaltos no interior, como Malhada, João Alves, que estão projetados. Linha Áustria é outro exemplo.
    Fizemos o anel viário pela Leopoldina, Bruno Pritsch e agora queremos fazer Linha Áustria e depois Linha Travessa, desviando o trânsito do Centro. Consegui com a Sacyr que fizesse elevada na região de Pinheiral. Vamos municipalizar curvas de Pinheiral, fazer rotatória para unir toda a região de Linha Santa Cruz, João Alves e fazer todo aquele desvio. Faremos um grande anel para fazer a junção dos distritos com Paredão.”
  • MOBILIDADE
    “Precisamos de vias rápidas com mais controle, mais guardas municipais, fiscais de trânsito. Vamos implementar o Rapidinho de forma municipalizada, para dar retorno ao município. Com esse retorno, durante quatro anos não aumentamos a passagem. Queremos fazer alguns dias de passagem gratuita, com integração, com o recurso do Rapidinho. Ainda vamos fazer subsídio para empresas de ônibus, queremos ampliar as ciclovias para incentivar o ciclismo e implementaremos motovias, atendendo ao pedido dos motoboys.”
  • RAPIDINHO
    “O que existe em outros municípios e é bom, temos que copiar. Aluga-se equipamentos e o Município controla. Está dando certo em muitos e vamos implantar. Está em fase de licitação para ver quem fará o projeto. Vamos ter fiscalização eletrônica mais eficiente. Existe esse equipamento que faz um trabalho mais qualificado. As meninas são boas, mas às vezes escapa. Não é para punir, mas conscientizar que quem tem automóvel, que pode pagar, que pague para que possamos incentivar e usar o transporte coletivo. Nossos ônibus são ótimos, confortáveis, têm ar-condicionado, acessibilidade. Tínhamos 400 mil usuários antes da pandemia, agora não chega a 200 mil. Temos que dar estímulos para usar o transporte coletivo até pelo meio ambiente.”
  • VIADUTO
    “Lembro há 30 anos de promessas do viaduto, em cada campanha política. Agora está quase pronto, com bastante longarina, base e acessos. Muita gente achou que não, mas vai ficar pronto, depois de décadas de espera. Estamos pavimentando ruas ao redor para que todo acesso flua rapidamente, para que dê tranquilidade naquele trânsito, que sempre foi motivo de tanta reclamação. Infelizmente a 471 ficou parada. Ali também, principalmente na região do Hospitalzinho, tem previsão de passagem por cima [como uma via elevada], que está projetada. Uma coisa que estamos pensando é que as crianças não precisam estar atravessando a rodovia. O ideal é que elas fiquem nos seus bairros. Estamos com projeto praticamente concluído para que isso aconteça. Naquela região já tem a creche, mas vamos fazer uma escola de tempo integral no Mãe de Deus. Além da travessia, temos que instalar os equipamentos sociais próximos para que não corram o risco.”
  • EDUCAÇÃO
    “Quando assumi na Prefeitura, vim do Banco do Brasil. Trabalhava meio turno e tinha minhas crianças [filhos] em projetos, mas eu tinha condições de que tivessem alternativas no turno inverso ao da escola. Na época, fiquei imaginando aquelas mães que trabalham e têm preocupação com as crianças em casa ou nas ruas, e pior, com adultos mal-intencionados. Comecei logo a trabalhar em projetos de turno inverso, mas a escola com tempo integral é mais eficiente, porque conta com profissionais como professores e pedagogos. Por isso estamos lutando para conseguir colocar em todas as escolas tempo integral.
    Temos no Menino Deus, que está funcionando bem, mas para isso precisamos aumentar o índice de funcionários. Em janeiro, já vou mandar projeto para a Câmara com esse objetivo. Quando coloquei no ano passado deu polêmica, com aquela ideia de que quer colocar os amigos ou coisa assim. Como temos muitas pessoas que moram em Santa Cruz, mas não votam aqui, então dá para mudar para o número de habitantes. Temos previsto para janeiro a instalação de três grandes empresas em Santa Cruz. Elas vão anunciar logo depois da eleição. Devem gerar mais de 2 mil vagas de trabalho.”
  • SAÚDE
    “Assim como fizemos o Centro Integrado de Segurança, vamos fazer o de saúde. E já está pronto. O Centro Administrativo 1 tem várias secretarias; quando o 2 estiver pronto, o 1 comportará toda a área de saúde. E não é tipo um hospital de acampamento. Será uma área com condições de abrigar todos os serviços que possam ir, porque nem todos podem ir para o mesmo lugar.
    Tudo o que puder estará no centro integrado de saúde, um lugar equipado, digno, que tem condições. Raio X precisa ter lugar adequado, para exame de laboratório é preciso ter todo o cuidado. É igual dizer que vai cavar embaixo do quiosque, imagina as tipuanas, quando fizemos duas quadras no Centro já deu incomodação; agora vamos fazer mais duas quadras, que vamos equipar e fazer uma praça maravilhosa, como é a da Prefeitura. Temos que fazer proposta viável. Quem já foi prefeito sabe como funciona, é preciso ter os pés no chão. E mais uma coisa: a praça é tombada, nem pode fazer nada. Me admiro o candidato não saber.”
  • FARMÁCIA VETERINÁRIA
    “Evoluímos muito na área de referência aos animais. Toda vida importa. Assim como cuidamos da vida das pessoas, cuidamos também dos animais. Temos como exemplo o Centro de Bem-estar Animal e o Castrapet, e ainda queremos fazer farmácia veterinária onde os cidadãos possam buscar os medicamentos sem a necessidade de comprar.”

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