Em meio à pandemia do novo coronavírus, a rede de lojas Havan decidiu suspender temporariamente o contrato de 11 mil colaboradores em todo o país. Na unidade de Santa Cruz do Sul, inaugurada em setembro de 2019, a medida vai atingir cerca de 80% do quadro.
A medida foi confirmada à Gazeta do Sul pelo gerente corporativo de recursos humanos da Havan, Aurélio Paduano, nesta quinta-feira, 16. Segundo ele, serão suspensos os contratos de 95 dos 120 empregados da loja santa-cruzense. A suspensão é por 60 dias, mas os trabalhadores podem ser chamados antes.
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Em nota, a Havan desmentiu boatos de que havia demitido 2 mil funcionários e disse que, conforme prevê a Medida Provisória 936/2020, que autorizou a suspensão temporária de contratos pelas empresas, os benefícios dos funcionários seguirão sendo pagos e eles terão direito a um período de estabilidade. “Estamos fazendo tudo que é possível para manter os empregos. É primordial que as empresas trabalhem nesse sentido. Somente assim conseguiremos atravessar esse período de dificuldades, mantendo os empregos e a renda dos colaboradores”, declarou na nota o presidente da Havan, Luciano Hang.
Pela MP, empresas que faturam até R$ 4,8 milhões por ano deixam de pagar o salário ao empregado, que terá direito ao valor integral do seguro-desemprego – esse valor varia de R$ 1 mil a R$ 1,8 mil. Já empresas que faturam acima de R$ 4,8 milhões terão que pagar pelo menos 30% dos salários dos empregados, que terão direito a 70% da parcela do seguro-desemprego. A MP também garante estabilidade ao trabalhador durante o período de suspensão e pelo período equivalente após a retomada o contrato.
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